O trabalho que os sindicatos vêm realizando para defender que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados também nesse período de pandemia, inclusive percorrendo indústrias e estabelecimentos comerciais para assegurar que sejam assegurados o trabalho com maior segurança, conforme recomendam as organizações sanitária, foi destacada em reunião do Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) nesta manhã de sexta-feira, 24 de julho. O Conespi, que representa cerca de 200 mil trabalhadores da ativa e aposentados em Piracicaba e região, também enalteceu o 29º aniversário da lei que assegura cotas para portadores de necessidades especiais, comemorado neste 24 de julho, que assegura emprego para mais de dois mil trabalhadores em Piracicaba, e que podem ser os primeiros a perderem o emprego em função da pandemia.
Uma das preocupações do Conespi, conforme o presidente da entidade, Wagner da Silveira, o Juca, é de que, em função da crise agravada pela covid-19, nos próximos meses possa ocorrer aumento do desemprego, com inúmeros portadores de deficiência também podendo perder o emprego, conforme alertou o presidente em exercício do Sindicato dos Empregados no Comércio, Roberto Previde. “Não vamos aceitar esta prática e vamos denunciar aos órgãos competentes, porque a lei das cotas tem que ser cumprida pelas empresas. Por isso, o trabalhador que se sentir prejudicado deve procurar o seu sindicato”, ressalta.
Uma outra preocupação dos dirigentes sindicais é também com relação ao pós-pandemia, dentro da nova realidade do mundo do trabalho. “Com certeza, as novas mudanças já estão acontecendo e precisamos estar ainda mais preparados para defender os direitos dos trabalhadores”, diz o presidente do Conespi. Para facilitar a aproximação com os trabalhadores, o Conespi irá inclusive utilizar novas ferramenta de comunicação, assim como os próprios sindicatos serão orientados a também incrementarem estas medidas.
A intensificação do trabalho para garantir que seja desenvolvida novas ações para ampliar ainda mais as medidas de segurança no trabalho, através da CIST (Comissão Intersetorial de Segurança no Trabalho), foi outra proposta apresentada na reunião pelo vice-presidente do Sintipel ( Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça de Piracicaba), Francisco Pinto Filho, o Chico, motivada inclusive pelo acidente que levou a óbito trabalhador terceirizado durante atividade na Oji Papéis, na semana passada. “Não podemos perder de vista a necessidade de fortalecermos os organismos que trabalham para assegurar que o trabalhador desenvolva as suas atividades com total segurança”, enfatiza Juca.