Luiz Tarantini
Olá, alvinegros apostólicos romanos! Sejam todos muito bem-vindos ao nosso espaço semanal e livre de qualquer amarra política ou financeira. Todos os assuntos relacionados ao esporte e principalmente do XV de Piracicaba serão aqui relatados com o rigor da verdade, seja ela amarga a qualquer lado ou posição. Nunca seremos reféns de “padrinhos”, sejam eles quais forem.
A novela da demissão do ex-treinador do Nhô Quim, Tarcísio Pugliese, está longe de seu capítulo final. Quem acha que a contratação de Evaristo Piza, profissional já conhecido do torcedor e com certo grau de simpatia por todos, vai apagar alguns focos de incêndio, está muito enganado.
São vários pontos que ainda estão sem o nó final. Em primeiro lugar, o total descontentamento da cúpula do futebol profissional do clube com a ordem expressa de Arnaldo Bortoleto para a demissão de TP, a forma que a notícia foi divulgada e comentada pelos prós e contras, o presidente e sua atitude, com o assunto sendo tratado em determinados lugares como “erro”, mas “necessário” , e em outros esse mesmo “erro” o fim do mundo, profetizando que o alvinegro pode até fechar as portas, pois a temporada já acabou, sinalizando passo a passo como será essa queda vertical, contando com a ajuda “profissional” de alguns torcedores, a imagem do presidente transformada então no “mal” do momento, mas sem dar a mesma igualdade nas críticas em todas as polêmicas criadas pelo ex-treinador e os acessos e títulos perdido por pura incapacidade tática e falta de equilíbrio emocional.
Esse “erro” ao qual determinadas partes agora colocam em uma evidência monumental, começou no dia em que a composição de chapas foi “imposta” a ser formada pela atual patrocinadora master, nas palavras de seu porta voz que compareceu ao local da votação com quadro já decidido. Esse erro começou no momento em que Arnaldo aceitou determinados nomes para compor a diretoria e que hoje se mostra claro a falta no apoio por serem totalmente contra todas suas ações. Esse “erro” se perpetuou quando Arnaldo acatou pedidos de interesses duvidosos e demitiu seu braço direito no clube Douglas Pimenta e o auxiliar técnico Rubén Furtenbach, pedido esse vindo direto de Tarciso como uma moeda de troca para sua permanência no comando técnico do clube.
Como Arnaldo permitiu tantas solicitações de interesses pessoais e não de interesse do clube ao longo de sua gestão, ficou com a imagem de que “tudo” seria permitido, e na hora que o primeiro “não” foi ouvido e confirmado a falta de respeito pessoal e hierárquico veio como um raio.
Outro erro fatal de Arnaldo foi em não usar a neutralidade para que suas explicações se tornassem públicas. Deveria ter gravado um áudio e postado a toda imprensa, ou uma coletiva virtual com suas ponderações, mas não foi este seu procedimento. Escolheu a determinados veículos de imprensa, onde acredito se sentir mais confortável e deixou outros sem resposta. Errou e fez com que as duras críticas que vinha sofrendo dobrassem em intensidade.
Mas e se Arnaldo decidir em não tentar a reeleição, como ficaria o XV? Arnaldo é indicado direto da patrocinadora, os outros componentes da diretoria gozam do mesmo crédito? Caso algum desses nomes da atual diretoria formasse uma chapa para concorrer contra Arnaldo em uma possível tentativa de reeleição do atual mandatário e vencesse, como ficaria a comunicação com a patrocinadora? É, caro amigo leitor e torcedor do Nhô Quim, entenderam como está complicado este final de mandato atual e já o pensamento para o futuro? Muitas coisas vão acontecer e muita água passará sobre a ponte, mas o interesse ser totalmente voltado ao clube, acho difícil em ser o tema principal.