Santa Casa oferece fluxo diferenciado para suspeitos de Covid-19

Enfermeira Denise Lautenschlaeger – Crédito: Divulgação

Para tranquilizar pacientes e familiares e esclarecer a população em geral, a Santa Casa de Piracicaba apresenta o fluxo de atendimento diferenciado que a Instituição desenvolveu com base nas diretrizes do MS (Ministério da Saúde) e da OMS (Organização Mundial de Saúde) para pessoas que chegam ao Hospital com suspeita ou sintomas associados à Covid-19.
De acordo com o médico Amando Cunha, coordenador do Serviço de Pronto-Atendimento da Instituição, o atendimento conveniado é feito apenas para clientes do Santa Casa Saúde mediante encaminhamento médico com base na queixa do paciente, que é direcionado para o Ambulatório Médico que o Plano instituiu nas dependências do Hospital para triagem e exames específicos do Covid. Se não houver necessidade de internação, o paciente com suspeita ou o portador da versão leve da doença, é monitorado por equipe multiprofissional do Plano durante todo o período de isolamento domiciliar.
O atendimento pelo SUS- Sistema Único de Saúde ocorre através da Central Municipal de Regulação de Vagas ou por encaminhamento feito por uma das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da Prefeitura.
“No caso de atendimento pelo SUS, ao chegar no Hospital, o paciente que apresentar qualquer sintoma de gripe ou resfriado passa por uma primeira triagem logo na entrada do Pronto Atendimento”, disse Cunha. Ele explica que, se a suspeita para a Covid-19 for confirmada, o paciente é novamente avaliado dentro da Unidade e em seguida, atendido pelo médico de plantão, que faz uma análise dos dados do paciente e colhe exame específico para detecção da Covid-19.
Em casos de internação hospitalar, seja pelo SUS ou convênio Santa Casa Saúde, o paciente é conduzido a um quarto de isolamento em ala específica para o novo coronavírus. Cunha lembra que a Santa Casa mantém Unidades muito bem equipadas do ponto de vista técnico e humano para esta finalidade: uma Unidade com leitos de UTI e leitos para observação instalada no segundo andar do Hospital Santa Isabel e outra Unidade instalada especificamente para o atendimento de casos clínicos leves ou suspeitos.
Para atender a crianças com suspeita ou confirmação da doença, o Hospital implantou um setor infantil com leitos de UTI e leitos para observação. “Todas essas Unidades dispõem de equipes próprias para assistência médica, de enfermagem e fisioterapia especializada”, observou Cunha.

Ele explica que os procedimentos são realizados seguindo um fluxo diferenciado para manter a segurança de todos os envolvidos no processo (profissionais da saúde, pacientes e familiares); de forma que, qualquer pessoa que entre no Hospital com algum sintoma gripal e precise ser internado, será necessariamente direcionado para a ala da Covid-19.

O médico coordenador do Pronto Atendimento da Santa Casa, Armando Cunha – Crédito: Divulgação

Visitas estão suspensas
A Enf. Denise Laustenchlaeger, gestora do cuidado na Santa Casa, complementa lembrando que, em todos os casos, as visitas estão suspensas, conforme protocolo estabelecido pela OMS para evitar contaminação.
“Informações sobre o paciente internado são transmitidas aos familiares por meio de contato presencial da família com o médico conforme agenda estabelecida logo na internação do paciente, ou ainda, através dos tabletes adquiridos pela Instituição para essa finalidade”, revela.
Máxima segurança
Segundo o médico infectologista Hamilton Bonilha, coordenador do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa), desde o dia 23 de março, o complexo hospitalar da Santa Casa instituiu ações preventivas implantadas com antecedência por meio de fluxogramas que permitiram ao hospital atender os casos de Covid-19 com segurança.
“A agilidade para disponibilizar os resultados de exames, por meio de parceria com o Laboratório Dasa, também contribui para a eficácia do fluxo de atendimento implantado pela Instituição e para a manutenção de baixos índices de óbitos por Covid-19; hoje em 1,5%”, disse.
Ele explica que as alas de isolamento seguem as normas padrões do Ministério da Saúde e da OMS e possuem um sistema de tratamento de ar diferenciado, com filtros específicos, e todos os profissionais que tiverem acesso ao local fazem o uso de equipamentos de segurança.

Médico Hamilton Bonilha de Moraes – Crédito: Divulgação

Higienização constante
Segundo o médico coordenador do Setor da Covid-19 na Instituição, Sérgio Pacheco Jr., em complemento às ações, a cada quarto visitado, médicos e enfermeiros fazem a desparamentação de todos os EPIs (Equipamento de Proteção Individual). Tiram luvas, aventais, óculos, touca, máscaras (N95 ou PFF2) e máscara face shield.
Ele conta que esses ítens são descartados nos dispositivos de materiais contaminados para início do novo processo de paramentação, quando os profissionais higienizam mãos e rostos e em seguida se paramentam com roupas esterilizadas, conforme orientação da Anvisa e do Ministério da Saúde. “Esses procedimentos ocorrem várias vezes ao dia, a cada entrada e saída dos quartos”, revela.
Outra informação importante, segundo Pacheco, é que testes negativos em pacientes altamente suspeitos podem ser passíveis de repetição, levando o paciente a permanecer em isolamento. “Tudo executado com a devida comunicação dos médicos aos familiares”, observa.
Pacheco lembra que, além dos fluxos e protocolos de atendimento instituídos, a Santa Casa estimula ações preventivas durante o atendimento de casos suspeitos ou confirmados da doença. “Banners foram afixados nas portarias de todas as entradas do Hospital, alertando sobre os sintomas da doença e as medidas a serem tomadas; além de informativos distribuídos aos pacientes e publicações nas redes sociais”, evidenciou Pacheco, reforçando a importância a comunicação e do isolamento social neste momento de pandemia.

Precauções
Ainda não há medicamento específico ou vacina para conter a Covid-19, portanto a precaução é extremamente importante e deve ser feita da seguinte forma:
• Higienização frequente das mãos, inclusive após tossir ou espirrar;
• Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de infecção respiratória

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