Em 2025, os brasileiros terão 10 feriados nacionais, além de oito pontos facultativos, totalizando 18 datas importantes no calendário oficial. Dentre elas, quatro coincidem com finais de semana, enquanto seis podem constituir-se em períodos prolongados de folga, dependendo da adesão das empresas e organizações públicas: Carnaval (3 de março), Paixão de Cristo (18 de abril), Tiradentes (21 de abril), Dia do Trabalhador (1º de maio), Consciência Negra (20 de novembro) e Natal (25 de dezembro).
“Embora o tema costume gerar polêmica, especialmente no debate sobre eventuais perdas econômicas, quando as pessoas estão de folga há ganhos expressivos nos setores de turismo, lazer, entretenimento, cultura, serviços e restaurantes, em especial nas cidades com atrações naturais, como praias, balneários e montanhas”, salienta Artur Marques, presidente da AFPESP.
É o caso de numerosos municípios nos quais a entidade mantém suas unidades de lazer, cuja ocupação é de 100% nos feriados, em especial os prolongados. “Nessas localidades, ajudamos a impulsionar a economia nos feriados, pois os nossos hóspedes injetam dinheiro em compras, gastronomia, passeios e em serviços, fomentando diversos setores”, explica Artur Marques.
O dirigente também salienta ser necessário desmitificar a ideia, compartilhada por grande parte da opinião pública, de que o Brasil é um dos campeões de feriados no mundo. Segundo levantamento da consultoria norte-americana Mercer, os países com mais feriados são Colômbia e Índia, com 18 cada. No segundo lugar da lista, aparecem Tailândia, Líbano e Coreia do Sul, com 16 dias cada. “Algumas nações europeias também estão à nossa frente, como Finlândia e Espanha, com 15 e 14 feriados, respectivamente. Dentre os asiáticos, o Japão figura no terceiro lugar com 15 comemorações nacionais”, informa.
Um trabalho essencial nos feriados – Embora muitas pessoas aproveitem as folgas para descansar, há um grande contingente de brasileiros que trabalha intensamente para garantir o bem-estar da sociedade nos feriados. Polícias rodoviárias e das corporações civis e militares, bombeiros, profissionais de saúde, plantonistas do judiciário e fiscais de várias áreas mantêm operações em pleno funcionamento para garantir a segurança, a saúde e a organização da população durante esses dias.
“Esses servidores públicos visíveis e invisíveis são fundamentais para que as pessoas possam desfrutar dos feriados com mais tranquilidade, potencializando o impacto positivo do descanso na saúde mental, redução do estresse e aumento da produtividade dos trabalhadores. Tais ganhos são apontados por distintos estudos como resultantes dos períodos de folgas”, destaca Artur Marques.
Para o presidente da AFPESP, longe de ser apenas motivo de polêmica e preocupação para alguns setores de atividade, os feriados devem ser encarados também como oportunidades para impulsionar a economia e melhorar o quadro psicoemocional dos brasileiros. “A conciliação entre descanso, lazer e trabalho é um sinal de maturidade de uma sociedade que valoriza seus cidadãos”, afirma.