Tabaco (VIII) – Síndrome de Abstinência

Como é característica de qualquer droga, a síndrome de abstinência surge com sua remoção, após a pessoa se tornar dependente. Na abstinência do tabaco surgem ansiedade, irritabilidade, agitação, sudorese, tosse, apetite por doces, alterações no sono, redução do ritmo cardíaco, redução da pressão arterial, alteração na concentração, tontura, dor de cabeça.

Durante a abstinência surge um desejo incontrolável de fumar. O acesso fácil e o estímulo da mídia fazem da nicotina a droga de mais fácil recaída. A síndrome dura de duas a quatro semanas, e os sintomas começam a surgir 8 horas após o último cigarro. Seu auge ocorre por volta do terceiro dia.

Dos dependentes do tabaco, 70% querem deixar, mas somente 5% o fazem por si próprios. Antes de abandonarem definitivamente ocorre de cinco a sete tentativas de interrupção, e recaídas ou dificuldades em se manterem sem uso durante o período da síndrome.

Os tabagistas que reduzem para 50% de seu uso já apresentam sintomas da síndrome que persistem por meses. 75% dos dependentes recairão num prazo de até cinco anos. 60% dos que fumarem por mais de um mês e meio fumarão por mais 30 anos de suas vidas, mesmo tentando se livrar do vício.

“Economizar significa não somente reduzir gastos e poupar dinheiro, mas também preservar os bens, diminuir o consumo de energia e buscar alternativas menos poluentes”. (Demétrio Gowdak, Natureza e Vida)

 Estou atravessando uma fase complicada na minha vida. Meu pai se recusa a tratar um sério problema de saúde. Pelo que ouvi minha mãe conversar com ele e pelos exames que ele já fez pode ser tuberculose ou câncer no pulmão. Não fez todos os exames ainda, mas já se sabe que ou é um ou é outro. Estou arrasada, sem chão!

Paula, 22

 Uma notícia assim sempre pega a todos de surpresa. Após o choque vem o desespero natural. Porém como seu pai se recusa a entrar em tratamento, o que se torna prioritário é saber lidar com sua própria angústia. Casos como o de seu pai são mais que problemas de saúde. São situações que nos colocam de frente com a iminência da morte. De imediato sua angústia fica no mínimo dobrada: pela gravidade da doença e por se defrontar com a morte, o fim, do ponto de vista físico, sendo ele seu pai. É natural que esteja sem chão. Mas você tem de se permitir seus sentimentos. Não pode negar nada que esteja bem fundamentado.

Ele tomou a decisão de não ser ajudado. Mas cuidado: você deduziu algo a partir do que pode ouvir de uma conversa entre sua mãe e ele, mas já conversou diretamente com ela? O que ela lhe disse? Até onde essa é a verdade toda? Temos a mania de anteciparmos os problemas. Isso aumenta nosso sofrimento, pois potencializa nossa dor, sem considerarmos que muitas vezes a solução é encontrada e o sofrimento é em vão.

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