PINSCHER – I
Não se falou outra coisa no caldeirão da política de Piracicaba durante a terça-feira (12), fervendo de vez. É o caso do ‘pinscher’, ocorrido na reunião ordinária da segunda-feira à noite (11), muito bem relatado pelo jornalista e advogado Jose Osmir Bertazzoni — escritor piracicabano — no texto que segue abaixo desta coluna, e que este Capiau, idoso e cansado, não vai repetir a história para não ser enfadonho. A repercussão foi ampla.
PINSCHER – II
Passada a gritaria, agora fica a pergunta no ar, que muitos assíduos leitores fizeram a este Capiau, idoso e cansado: “o que irá acontecer?”. É difícil prever, evidentemente, e qualquer um que tente prever o futuro pode cair em falso testemunho. Assim, o que vale é “ler o que está escrito”, não como premonição, mas para lembrar que a Câmara tem Regimento Interno.
PINSCHER – III
Está no artigo 63B do Regimento Interno que compete à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar: “a) apurar e encaminhar à Mesa Diretora, mediante processo disciplinar, atos de vereadores que venham a ferir a ética, o decoro parlamentar e a dignidade do Legislativo e de seus membros; b) zelar pela observância dos preceitos da Lei Orgânica e do Regimento Interno, atuando no sentido da preservação da dignidade do mandato parlamentar na Câmara.
PINSCHER – IV
Já a Resolução 9, de 21 de setembro de 2006, que institui o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Piracicaba, em seu artigo 15o, diz que poderão ser diretamente oferecidas, por qualquer parlamentar, cidadão ou pessoa jurídica, denúncias relativas ao descumprimento, por vereador, de preceitos contidos no Regimento Interno e neste código.”
PINSCHER – V
Vale observar que está instituída na Casa de Leis a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, sob a presidência do vereador Relinho (PSDB), tendo, como relator, Gustavo Pompeo (Avante) – um dos envolvidos, portanto, ficaria impedido de atuar no caso – e, como membro, Alessandra Bellucci (Avante), justamente a vereadora que tem como principal causa o bem-estar animal. O Capiau acha, no mínimo, curiosas essas ironias da política (ou Política?).