A busca por alternativas possíveis de entretenimento aumentou neste período de isolamento e muitas atividades tiveram que ser reinventadas. Programas culturais como shows e cinemas passaram a ser feitos de forma on-line, para incentivar a população a ficar em casa. Uma opção que tem sido muito procurada nesse momento é a visita virtual aos museus. O Oscar Niemeyer (MON), um dos mais tradicionais de Curitiba, teve um aumento de 1.200% nas visitas on-line entre março e abril deste ano, em comparação com o mesmo período em 2019.
E é possível ir ainda “mais longe” e até mesmo “visitar” acervos localizados em outros países sem sair de casa. Para quem quer conhecer novos lugares e períodos da história, o Museu Van Gogh e a Casa de Anne Frank, localizados em Amsterdã, na Holanda, são ótimas opções que disponibilizaram visitas on-line gratuitas, por meio da plataforma Google Arts & Culture. Para facilitar o acesso a esses e outros museus holandeses e brasileiros neste período de isolamento, a ACBH (Associação Cultural Brasil Holanda) separou alguns links que permitem o tour virtual.
Para a secretária da ACBH, Katia Loman, a visita on-line a esses museus é uma ótima oportunidade para conhecer mais sobre a cultura holandesa, que também está presente no Brasil por meio das colônias. “Um tour virtual a esses grandes museus pode ser uma experiência enriquecedora e de muito conhecimento neste período de isolamento. Além disso, é um motivador para planejar uma viagem para os Países Baixos e até mesmo para as colônias holandesas que ficam no Brasil quando a pandemia passar”, afirma.
QUEM JÁ VISITOU
Famosa pelo diário escrito durante a Segunda Guerra Mundial, a história de Anne Frank é contada e vivenciada na casa onde ela e a família se esconderam, entre 1942 e 1944. Os relatos marcantes da jovem judia e os detalhes vividos por ela durante o nazismo fazem parte do acervo disponível no museu que recebe mais de 1 milhão de pessoas por ano.
A estudante Giullia Buch esteve na Casa da Anne Frank em 2018 e conta que foi uma das experiências mais marcantes que já viveu. “Eu já tinha lido o Diário de Anne Frank quando era bem mais nova e lembro que fiquei muito assustada com as palavras dela. Dentro da casa, existem passagens do diário em cada ambiente, objetos, filmes, frases que são projetadas na parede, tudo para te dar justamente a sensação do que eles sentiam quando estavam enclausurados lá dentro. O museu tenta recriar ali o que de fato a família viveu”, afirma.
Fundado em junho de 1973, o Museu Van Gogh também é considerado um dos principais pontos turísticos de Amsterdã. O pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), um dos maiores artistas da pintura pós-impressionista, é autor de quadros famosos, como A Noite Estrelada (1889) e O Quarto (1888).
A história de vida e morte do artista e algumas de suas principais obras podem ser contempladas no local, que também esteve no roteiro turístico de Giullia. Segundo ela, “o museu é dividido em quatro andares que formam uma linha do tempo da história de Van Gogh. Cada andar vai discorrendo sobre um aspecto da vida dele. A relação dele com a família, com o irmão… É muito mais sobre a história de vida do que uma exposição da arte dele”, destaca.
A lista completa dos museus selecionados pela ACBH está disponível no site: www.acbh.com.br/noticias/tour-virtual/.