Rafael Jacob
Piracicaba está diante de uma decisão crucial. Dos aproximadamente 314 mil eleitores aptos a votar, 23% escolheram Barjas no primeiro turno e 17% optaram por Helinho. Isso nos deixa com uma constatação importante: 59% da população votante não escolheu nenhum dos dois. Agora, no segundo turno, essa maioria terá de fazer uma escolha, mesmo que nenhum dos candidatos tenha sido sua primeira opção. Diante deste cenário, precisamos agir com discernimento e responsabilidade, reconhecendo o impacto dessa decisão para os próximos anos e, mais ainda, para o futuro de nossa cidade.
A escolha que faremos agora não afeta apenas o presente. Ela define o caminho de Piracicaba para os próximos anos e as futuras gerações. É hora de avaliarmos não só as propostas, mas também o histórico e as alianças que esses candidatos formaram. A democracia exige que escolhamos com sabedoria, e isso começa por analisar quais candidatos estão de fato comprometidos com os princípios democráticos, com o respeito à diversidade e com o desenvolvimento inclusivo de nossa cidade.
O ditado “diga-me com quem andas que te direi quem és” se torna especialmente relevante neste momento. As alianças políticas e as parcerias que os candidatos firmam neste segundo turno nos mostram quem eles realmente são e o que representam. Devemos ficar atentos àqueles que se associam a grupos que promovem a intolerância e a divisão. A democracia se fortalece no diálogo, no respeito às diferenças e na construção de uma sociedade mais justa para todos. Quem se cerca de extremistas e alimenta o conflito enfraquece essa estrutura, comprometendo o futuro que queremos para Piracicaba.
Assim como em nossas vidas pessoais, em que buscamos o melhor para nossas famílias e para nosso futuro, devemos adotar o mesmo critério na escolha de nossos líderes. Precisamos de governantes que saibam unir, não dividir. Líderes que tenham a capacidade de ouvir, dialogar e construir consensos são aqueles que podem realmente transformar Piracicaba. O extremismo, por outro lado, só gera mais polarização e impede o desenvolvimento de nossa cidade.
O segundo turno não é apenas mais uma etapa do processo eleitoral. Ele é uma oportunidade única de moldarmos o futuro da nossa cidade. Podemos escolher continuar com a intolerância e a polarização ou, ao contrário, podemos optar por uma liderança que valorize o respeito, o diálogo e a diversidade. O impacto dessa escolha será sentido por muitos anos, e é por isso que precisamos agir com responsabilidade.
O voto que daremos agora é mais do que um direito; é um dever de transformação. Piracicaba precisa de uma liderança que promova o bem-estar coletivo, que governe com foco no futuro e que saiba lidar com as diferenças de forma construtiva. Mesmo que nenhum dos dois candidatos tenha sido a escolha da maioria no primeiro turno, devemos agora analisar as alianças formadas e as propostas apresentadas para decidir o melhor caminho para nossa cidade.
A escolha neste segundo turno vai muito além de selecionar entre dois nomes. Estamos definindo o rumo de Piracicaba. E essa escolha será registrada na história da nossa cidade, impactando gerações. Que possamos, com responsabilidade e consciência, optar pelo caminho que fortalece nossa democracia e o futuro de Piracicaba.
______
Rafael Jacob é Engenheiro Mecânico, Corretor de Seguros e Sócio Fundador da RSafe Seguros e Engenharia