Com mais de 30 obras em execução em 17 municípios do interior paulista, a Rumo, maior concessionária de logística ferroviária do país, compartilha do desafio do setor relacionado à qualificação da mão de obra e disponibilidade de equipamentos e de construtores especializados para atender todas as demandas previstas no caderno de obras da Malha Paulista.
Os investimentos são decorrentes da renovação antecipada da concessão, cujo contrato original, que venceria em 2028, foi renovado por mais 30 anos mediante uma série de contrapartidas focadas em melhorias na infraestrutura ferroviária e na melhoria da mobilidade urbana.
Desde que o contrato foi assinado em 2020, a Rumo deu início a diferentes obras na malha ferroviária que integra o principal corredor de exportação do país em direção ao Porto de Santos (SP). Até o momento, aproximadamente 25% das obras previstas no caderno de obrigações já foram entregues com a participação direta de mais de 10 empreiteiras.
Além das obras em andamento na Malha Paulista, a Rumo também está à frente das obras de modernização e expansão da Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS), associação gerida pelas operadoras MRS Logística, VLI e a própria Rumo, visando ampliar a infraestrutura ferroviária do Porto de Santos.
De acordo com Rafael Langoni, diretor de Expansão da Rumo, o principal desafio que a concessionária encontra neste momento é a contratação de empreiteiras que demonstrem expertise, qualificação e capacidade de execução para os projetos do setor ferroviário. “É um projeto com investimentos robustos e que continuará em ritmo acelerado, pelo menos até 2030. Sem sombra de dúvidas, o setor ferroviário será uma das principais alavancas de crescimento da construção civil”, destaca.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil cresceu 3,5% no segundo trimestre de 2024 na comparação com o primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo período de 2023, o PIB do setor cresceu 4,4%. A alta é justificada pelo aumento do consumo de insumos típicos como areia, cimento e ferro.
Segundo Langoni, a tendência é que o mercado siga aquecido nos próximos anos. “Estamos presenciando um ciclo de grandes investimentos em infraestrutura, em virtude da renovação antecipada dos contratos de concessão e dos contratos assinados sob o regime de autorização”. Com as obras executadas pela Rumo, foi possível aumentar a capacidade da malha ferroviária de 45 milhões de toneladas/ano em 2020 para os atuais 53 milhões de toneladas/ano. “A nossa expectativa é alcançar 75 milhões de toneladas/ano após a conclusão dos investimentos”, explica o diretor de Expansão.