O governo Lula (PT) deve decidir na próxima semana se retoma o horário de verão, visando reduzir a demanda energética devido à seca nos reservatórios. O Ministério de Minas e Energia (MME) defende a medida para evitar maior uso de usinas térmicas, que encarecem as tarifas. Contudo, o setor aéreo critica a decisão, pedindo 180 dias para adaptação dos voos.
O retorno do horário, extinto em 2019 por Jair Bolsonaro, também foi discutido com o TSE para evitar impactos no segundo turno das eleições municipais.
Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em 2017 revelou que 45% dos 12.467 participantes relataram desconforto após a mudança de horário, conhecida como jet lag. Esse fenômeno pode causar fadiga, distúrbios do sono e alterações metabólicas, aumentando o risco de ganho de peso, diabetes e depressão.
Outro estudo, realizado na Universidade Colorado Boulder, nos Estados Unidos em 2020, também indicou um aumento de 6% em acidentes fatais e hospitalizações por AVC nos dias após a troca de horário, além de um risco elevado de ataques cardíacos nas semanas seguintes.
De acordo com o médico Dr. Vital, nosso corpo tem ciclos que se moldam ao nosso estilo de vida e podem sofrer com alterações bruscas de rotinas. “O nosso corpo segue ciclos naturais, e o sono-vigília é um dos mais importantes. O ciclo circadiano regula quando dormimos e acordamos, de acordo com nossa rotina e quando fazemos mudanças bruscas, como alterar horários, isso pode bagunçar esse ciclo. Essa desregulação pode causar problemas como insônia, cansaço excessivo, dificuldade de concentração e até mudanças de humor”, alerta o médico.