Depoimentos reforçaram a importância do “Sim” dito à doação de órgãos pela família. Só ela, pode autorizar a doação
O 10º Encontro de Familiares, Doadores e Receptores de Órgãos promovido na manhã desta sexta-feira (27) pela CIHDOTT- Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos Para Transplantes da Santa Casa de Piracicaba elevou o nível de emoção e reforçou o compromisso dos presentes com a doação.
“Todos podemos contribuir e reforçar o discurso e a necessidade da doação”, disse a enfermeira Cintia Rocha, coordenadora da CIHDOTT e uma das organizadoras do evento, que contou com a participação do enfermeiro da OPO – Organização de Procura de Órgãos da Unicamp, Klênio de Oliveira Bonfim, e do neurocirurgião Moisés Lara para falar dos números alarmantes de pessoas à espera de um órgão na fila única.
“São mais de 60 mil pessoas à espera de um órgão, que pode ser obtido por meio do ‘sim’ à doação”, reforçaram, lembrando a necessidade de manifestar o desejo de doação ainda em vida, junto à família. “Apenas a família pode autorizar a doação do ente querido que foi a óbito”, esclareceram.
O evento contou também com o videodepoimento enviado pela enfermeira Ana Carolina Ligabó, coordenadora da Pediatria Monsenhor Rosa. Mãe do pequeno Caio, de dois anos, ela compartilhou a experiência vivenciada pelo transplante de medula óssea de seu filho.
Na sequência, depoimentos do médico cirurgião oftalmológico Rafael Guena Camargo, transplantado de medula óssea, atleta representante da Liga de Atletas Transplantados e médico na Santa Casa; da cofundadora da Liga, Luciane de Lima; e da voluntária Joyce Scarpari Gomes Berno, que perdeu os rins aos 11 anos de idade, enfrentou a diálise peritoneal e, hoje, vive graças a um segundo transplante renal.
Outro momento de emoção foi vivenciado quando familiares de doadores e receptores falaram sobre suas experiências com a doação e, depois, depositaram estrelas com os nomes dos doadores na “Arvore da Vida”, montada para reverenciar doadores e familiares.
O movimento contou também com o apoio da artesã Monique Mendonça, da Crochet da Nick, que confeccionou as lembrancinhas personalizadas entregues aos participantes deste 10º Encontro; e do violinista Cleiton Rocha que aceitou o convite para nos recepcionar, através de músicas que elevam nossos espíritos e tocam nossas almas de forma tão especial.
Em sua fala, o vice-provedor João Orlando Pavão lembrou que, “quando falamos em doação de órgãos nós, literalmente, multiplicamos a vida por meio do órgão doado, e também damos um sentido maior à memória do doador que partiu, permitindo que o outro vivesse mais por meio dele. Então, a nossa missão hoje, foi acolher e agradecer o envolvimento de todos com esse movimento dinâmico e diário que provê a vida e renova esperanças”, disse.
Ao final, ele elogiou os organizadores do evento e agradeceu a empresa DB Aluguel de Plantas, SSB – Solange Decorações, 3 Artes Comunicação Visual e Relp Gráfica & Editora, apoiadores deste 10º Encontro de Familiares, Doadores e Receptores de Órgãos.