Um novo decreto municipal permite ao comércio de Rio das Pedras a atender clientes de forma presencial de segunda à sexta-feira das 13 às 17 horas e aos sábados das 9 às 13 horas. Antes a possibilidade de abertura era para recebimento de contas e crediários próprios, além da venda por entrega ou apenas retirada na loja.
A medida também beneficia outras atividades não essenciais estabelecidas pelo Governo Estadual: concessionárias ou estacionamentos de veículos, escritórios e atividades imobiliárias. A abertura de academias de ginástica, barbeiros e salões de beleza, assim como o consumo local em restaurantes, bares e congêneres permanece proibido.
Mesmo com a reabertura, os principais corredores comerciais não registraram grandes aglomerações. “Tanto lojistas quanto a população têm respeitado os limites impostos pelo decreto. Durante a manhã a rua Prudente de Moraes, por exemplo, fica com cara de domingo, apenas com os comércios tidos como essenciais abertos. Após as 13 horas o movimento aumenta, mas os comerciantes estão mantendo as normas sanitárias, limitando o acesso de clientes conforme o tamanho das lojas, disponibilizando álcool em gel e recebendo apenas clientes que estejam utilizando máscaras”, contou Marcelo Teles, secretário de Desenvolvimento Econômico.
“Quando o Governo Estadual anunciou o início do Plano São Paulo para retomada da economia, ficou estabelecido que a região de Rio das Pedras estava classificada na Fase 2, laranja. Contudo, com base nos números de casos, de leitos disponíveis e testes, a cidade se enquadraria até mesmo na Fase 4, verde, que permite reabertura de outras áreas. Em análise junto com a Associação Comercial e o Comitê de Enfrentamento da Pandemia, a cidade estaria apta a abrir na Fase 3, amarela, com o funcionamento de salões de beleza, barbeiros, restaurantes e bares. Porém, o Ministério Público orientou que o Município seguisse o plano estabelecido pelo Estado”, explicou Teles.
De acordo com o secretário de Indústria e Comércio, o prefeito Carlos Defavari tem buscado alternativas para possibilitar o atendimento de salões de beleza e barbeiros. “A grande maioria dos profissionais dessas áreas são autônomos, dependem do seu trabalho diário para ter rendimento, para sustentar suas famílias. Sensibilizado com as dificuldades que todos enfrentam, o prefeito está buscando formas que possibilitem a abertura, com o atendimento individual dos clientes, uma vez que o ambiente do salão é higienizado, lâminas esterilizadas, mais higiênico até do que fazer com que o profissional se locomova até a casa dos clientes”, completou.
Contudo, é preciso paciência desses profissionais, assim como de setores que não contam com o aval para abrir as portas. Para esses casos, a fiscalização do comércio tem atuado para orientar a forma de trabalho. “Todos têm a possibilidade de trabalhar dentro de restrições para cada área. Porém, em alguns pontos da cidade continua a ocorrer abusos por parte dos estabelecimentos. Seguimentos que não têm permissão para funcionar insistem em abrir as portas. A fiscalização tem orientado quanto a forma de trabalho, horário de atendimento e questões de sanitização. Mas, depois de quase três meses de pandemia, já é tempo de todos saberem quais são os limites estabelecidos. Chegará um momento que só restará aplicar multa para os infratores. Ninguém deseja isso, mas se for preciso para que haja consciência, será feito”, garantiu Marcelo Teles.
O secretário orienta ainda sobre as formas de trabalho e dá sugestões aos comerciantes: “O comércio poderá trabalhar na parte da manhã com serviços internos, organização de estoque e higienização, por exemplo. Lembrando que salão de beleza, barbeiros e academias não podem abrir de acordo com o Plano São Paulo. Essa é uma determinação que não depende de determinação da Prefeitura, é preciso seguir a recomendação do Estado”, informou Marcelo Teles, que percorreu a rua Prudente de Moraes junto com o prefeito Carlos Defavari para conversar e tirar dúvidas de comerciantes.
Os estabelecimentos autorizados a abrir as portas devem atender a uma série de recomendações, como a disponibilização de álcool em gel 70%, limitar o acesso de clientes a fim de evitar aglomerações e manter a distância de 1,5 metros entre as pessoas de modo que entre uma pessoa para cada 10 metros quadrados da área livre. Nas filas dos caixas deverá haver demarcação no chão a cada 1,5 metros. A higienização deverá ser intensificada, em especial áreas de contato.
Comércio de Rio das Pedras volta a receber clientes e a vender de forma presencial
25 de junho de 2020