Imunização – Saúde segue com monitoramento vacinal para sarampo e polio

Equipes de saúde fazem visita em horário alternativo para falar com pais e mães sobre a vacinação contra sarampo e polio

 

Equipes da SMS já passaram pelos bairros rurais e terminam nesta semana as ações nas mais de 70 unidades de saúde de Piracicaba

 

 

Para avaliar a situação vacinal para sarampo e poliomielite em crianças com idade entre seis meses e menores de 5 anos de idade, a Secretaria Municipal de Saúde segue com o Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV) em famílias atendidas pelas Unidades de Saúde da Família (USF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Piracicaba. Iniciada em 03/08, a ação já percorreu os bairros rurais da cidade e permanece nas USFs, sempre entre 16h30 e 20h.

Ao final de mais um dia de atendimento na USF Bosques do Lenheiro 1, a equipe – formada por Beatriz Helena Viduani Sopran, enfermeira responsável pela USF, Tauara de Freitas Pantel, auxiliar de enfermagem, e Cristiane da Silva Bueno, agente comunitária de saúde –, prepara seus equipamentos para visitar casas em busca de crianças menores de cinco anos para verificação da carteira de vacinação.

Com sua prancheta, Cristiane é quem escolhe as casas. Ao seu lado, Tauara carrega a caixa térmica com doses das vacinas. Já Beatriz auxilia as amigas de profissão na aplicação das doses e na conversa com a população. “Em praticamente todas as casas temos crianças, por isso, o trabalho aqui não é tão complicado”, conta Cristiane.

Raquel Godoy, dona de casa e responsável pela Laura de 4 anos, foi a primeira a receber a equipe do postinho e ficou surpresa com a visita num horário diferenciado. “É muito importante vacinar, é isso que ajuda a salvar a vida das crianças e fazer com que elas cresçam fortes. Agradeço sempre a visita das equipes do postinho, pois são elas que não me deixam esquecer das datas importantes não só para vacinação, mas também para consultas e exames”.

Ao lado das filhas Larissa (2) e Raissa (9) e do sobrinho Janilton (11), a dona de casa Leila Mendes da Silva, 35, aprovou o trabalho de monitoramento da vacinação das crianças. “Tem que vacinar, mas às vezes os pais não conseguem ir ao posto no horário de rotina por estarem trabalhando. Os agentes de saúde vindo aqui, verificando a caderneta após o horário normal, facilita a vida da gente. A Larissa recebeu recentemente a dose na última campanha e hoje não vai precisar de outra dose”.

A mãe da pequena Valentina, de 3 anos, Flávia da Silvia Santos, 21, falou que a filha não gosta das injeções, porém, está com as vacinas em dia. “Aqui na minha rua as crianças já são maiorzinhas, então não foi difícil nos encontrar para verificação da carteira de vacinação. Este trabalho em horário alternativo, à noite, ajuda, pois nem sempre estou em casa para receber o pessoal do posto de saúde, mas sempre que posso eu estou lá na unidade”, completou.

A enfermeira responsável pela USF Bosques do Lenheiro 1 destacou que o Monitoramento das Estratégias de Vacinação vem para reforçar e contribuir para o trabalho diário na USF. “Com o horário estendido conseguimos chegar aos responsáveis que trabalham e nas crianças que frequentam a creche no horário de funcionamento da Unidade de Saúde, oferecendo a oportunidade de avaliação das cadernetas de vacina concomitantemente com a vacinação das crianças que estão em atraso vacinal, possibilitando o resgate delas. Devido às baixas coberturas vacinais nos últimos anos, o Brasil foi classificado como alto risco para reintrodução da poliomielite em 2023 e o sarampo reintroduzido em 2018, doenças essas, até então, extintas no país. Doenças graves que são preveníveis com a vacinação, daí a importância dessa ação, fortalecendo nosso trabalho”, afirmou Beatriz.

IMPORTÂNCIA – De acordo com o Centro de Vigilância em Saúde de Piracicaba (Cevisa), por meio do Departamento de Imunização está percorrendo todas as regiões abrangidas pelas 74 unidades de saúde do município, assim, possibilitando identificar áreas onde há concentração de não vacinados.

“O resultado desta ação vai nos auxiliar na avaliação do risco de exposição da população às doenças imunopreveníveis como a polio e o sarampo, uma vez que permitem mapear áreas com bolsões de pessoas suscetíveis pela não vacinação, possibilitando a implementação de ações corretivas para elevar as coberturas vacinais nessas áreas”, apontou Cibele Melo dos Reis, responsável pelo Departamento de Imunização.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima