A mortandade de peixes e os desdobramentos futuros

José Antonio Fernandes Paiva

A mortandade de peixes que atingiu o rio Piracicaba causou indignação em todos os cidadãos da cidade e região, e é importante refletir e planejar as ações para que num futuro próximo possamos evitar mais danos ao ambiente e termos expedientes ainda mais eficazes para sanar as tragédias ambientais.

É certo que, as providências tomadas foram aquelas que todo gestor precisa tomar, fazer cumprir a legislação ambiental e providenciar a limpeza do manancial, agora precisamos pensar na questão hídrica, já que vivenciamos as mudanças climáticas, ou seja, temos que ter expedientes para lidar com o que virá daqui a 10, 20, 50 anos.

Em Piracicaba, temos grandes escolas, universidades que se debruçam sobre o tema ambiental e grandes mestres e cientistas que podem nos oferecer alternativas para a questão hídrica, já que não se trata apenas de garantir água, mas água de qualidade para todos, porque temos uma cidade que precisa de recursos hídricos para os diversos usos – saneamento, indústria, agricultura, lazer e outros fins.

O desastre ambiental, é um fato, vamos lidar com ele por algum tempo ainda, as consequências além das visíveis a olho nu nos colocarão à prova, pois é preciso apresentar alternativas para a população, e é evidente que a resiliência dos rios das bacias hidrográficas serão um diferencial, visto que temos instituições sérias e técnicos competentes realizando um trabalho eficaz há mais de 30 anos na região da bacia do rio Piracicaba.

Sobre a especialização e o valor da ciência na busca por soluções para os problemas ambientais, os acadêmicos serão relevantes neste cenário e lembramos que em julho de 2024 comemoramos os 100 anos do nascimento de Cesare Lattes – que é provavelmente até hoje o pesquisador brasileiro que chegou mais perto de um prêmio Nobel.

No ano em que comemoramos um século de um cientista tão nobre, nós piracicabanos temos o orgulho de integrar esta história com louvor, pois Piracicaba têm universidades que permitem o desenvolvimento da ciência e que são uma janela para os problemas ambientais que todos enfrentamos, mas que em Piracicaba neste momento se revela mais crítico.

Além disso, neste momento, há que se considerar ainda o uso da Inteligência Artificial (IA), junto à colaboração popular, que pode ser um grande aliado para o monitoramento e a preservação das espécies e da qualidade da água do rio Piracicaba, já que é possível explorar o potencial das “redes neurais” – componentes de IA que processam dados de maneira inspirada pelo cérebro humano.

Enfim, temos aqui na cidade e em toda região condições de oferecer subsídio e soluções para os danos ao meio ambiente e as abordagens diversas podem colaborar com o desenvolvimento de estratégias de conservação e recuperação mais eficazes para o nosso rio Piracicaba e seus mananciais.

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José Antonio Fernandes Paiva, pré-candidato a vereador pelo PT

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