Ménière – Santa Casa revoluciona o diagnóstico da doença

Radiologista Rafael Seragioli  fala sobre nova técnica de ressonância na Santa Casa para o diagnóstico da doença de Ménière. Crédito: Divulgação

 

Departamento de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de Piracicaba adota tecnologia de ponta para identificar e tratar distúrbio do ouvido interno

 

 

A Santa Casa de Piracicaba implementou uma nova técnica de ressonância magnética que aprimora o diagnóstico da doença de Ménière, um distúrbio do ouvido interno. De acordo com o médico radiologista do Departamento de Diagnóstico por Imagem do Hospital, Rafael Seragioli, a avançada ferramenta diagnóstica oferecida pela Instituição tem sido fundamental na identificação da doença.

A doença de Ménière se manifesta por episódios intermitentes de vertigem, perda auditiva neurossensorial e zumbido, podendo incluir outros sintomas vestibulares. “Este distúrbio é progressivo, inicialmente afetando a cóclea e, subsequentemente, o sáculo, utrículo, ampolas e os canais semicirculares, resultando em perda gradual das funções auditiva e vestibular”, destaca o médico.

A origem da doença ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que esteja associada a um desequilíbrio entre a produção e reabsorção do fluido endolinfático na cóclea. “Estudos pós-mortem já confirmaram hidropsia endolinfática nos pacientes com a doença, que é a distensão das estruturas do labirinto membranoso”, enfatiza Seragioli.

Recentes avanços em técnicas de ressonância magnética, segundo ele, permitiram a avaliação in vivo da hidropsia endolinfática. “A sequência de imagens em 3D-FLAIR, feita em ressonâncias magnéticas de 3,0 Tesla, quatro horas após a aplicação de um tipo específico de contraste (protocolo HYDROPS), permite diferenciar entre a endolinfa e a perilinfa. Isso ajuda na análise da expansão do espaço endolinfático dentro do ouvido interno”, explica o radiologista.

“A ressonância magnética permite observar a progressão da hidropsia tanto na cóclea quanto no sistema vestibular. Critérios estabelecidos para esta avaliação ajudam a graduar o comprometimento das estruturas auditivas e vestibulares,” explica Seragioli. Ele destaca que alguns estudos sugerem que alterações nas imagens podem anteceder a piora clínica do ouvido afetado, e até mesmo preceder a manifestação bilateral da síndrome.

Com essa tecnologia, a ressonância magnética do ouvido tornou-se uma ferramenta essencial na avaliação da doença de Ménière, auxiliando significativamente na decisão sobre o tratamento adequado. “A Santa Casa de Piracicaba, ao disponibilizar esta ferramenta, coloca-se na vanguarda dos métodos de imagem, beneficiando pacientes e profissionais da área de otorrinolaringologia; tendo-se em vista que a  introdução desta nova técnica  não só melhora a precisão diagnóstica, como também contribui para um manejo mais eficaz da doença de Ménière, reforçando o compromisso da Instituição com a excelência no atendimento médico”, conclui o radiologista.

 

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