Covid-19: PT local critica prefeito nas ações para combate

Desde o dia 28 de maio, data da edição do decreto fatídico da flexibilização do isolamento social em Piracicaba, até 16 de junho, o número de infectados pelo Covid-19 cresceu 181% (de 512 para 1441 casos confirmados) e o número de mortes 132% (de 25 para 58). Em um cálculo conservador, se esse ritmo permanecer, chegaremos no final do mês de junho batendo na casa dos 3.700 casos confirmados e das 112 mortes.
A crise sanitária em nossa cidade evolui dramaticamente, portanto. Falta transparência na divulgação dos dados sobre a capacidade de suporte hospitalar em Piracicaba. Contudo há indícios de que essa capacidade já se encontra muito próxima da saturação. Se isso acontecer, não é difícil prever a catástrofe.
Diante do quadro aterrador, o PT de Piracicaba vem a público para, mais uma vez, apelar para que o bom senso, as boas práticas e o espírito humanitário prevaleçam e, nesse sentido, que o Prefeito REVOGUE o decreto de flexibilização, estendendo o isolamento social amplo até que os indicadores sanitários seguros assim o permitam.
Sempre fomos radicalmente contrários à flexibilização da quarentena, em defesa da vida. E continuamos sendo!
O PT-Piracicaba, no dia 18 de março, no início da crise sanitária da Covid-19 na cidade, emitiu, como era seu dever, uma nota pública para se posicionar e se oferecer para colaborar com as autoridades constituídas e com a sociedade civil organizada, na perspectiva de cerrar fileiras contra o inimigo comum.
Depois da referida nota, outras foram emitidas depois, sempre na perspectiva de, com espírito crítico, oferecer propostas para o enfrentamento da calamidade de saúde que se abate sobre a cidade. Defendemos, sobretudo e arduamente, a organização de um Comitê de Crise, que conte com a participação da sociedade civil organizada, atuando sob a coordenação geral do Poder Público. O Partido dos Trabalhadores entende que essa é uma luta todos! O isolamento social amplo (horizontal) deve ser retomado e perdurar enquanto os registros apontarem para um elevado ciclo de contágio, evidenciando o agravamento da crise sanitária.
O Poder Público Municipal fez ouvidos moucos aos apelos de amplos setores sociais contrários à flexibilização, cedendo aos clamores insensatos e imediatistas de setores do empresariado local.
As energias políticas e de mobilização social, envolvendo as autoridades constituídas e a sociedade em geral, devem estar voltadas para dois objetivos principais: garantir a todo custo o isolamento social, com intensa campanha de massa e punição aos infratores; lutar junto ao Governo Federal para assegurar a Renda Básica Emergencial e medidas protetivas de caráter financeiro às micro, pequenas e médias empresas.
Outras cidades brasileiras, que adotaram a flexibilização e viram que os resultados foram desastrosos, já estão revogando essa medida. E Piracicaba precisa fazê-lo, com urgência. Não há nenhum demérito em reconhecer que errou e recuar. #RecuaPrefeito

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