A Ceasa, sua estrada e a sua recente recuperação

Barjas Negri

No início dos anos 1980, por influência do deputado Jairo Ribeiro de Mattos e diversas lideranças locais, o governo do estado de São Paulo iniciou as obras da Central Estadual de Abastec imento (Ceasa) de Piracicaba, antiga reivindicação da sociedade local e regional. A área da construção e do acesso foram disponibilizadas pelos membros da família Dedini, numa articulação de toda sociedade local.
Ocorre que o Brasil atravessava uma das mais profundas crises da economia, com brutal consequência para as finanças públicas, em especial para o Estado de São Paulo que foi quem mais sofreu. Resultado: as obras foram paralisadas, e o acesso não foi pavimentado. Isso perdurou muitos anos.
Com o processo de redemocratização do País, São Paulo elegeu Franco Montoro governador e Piracicaba ampliou sua representação política com a eleição de dois deputados federais – João Hermann Neto e João Pacheco Chaves – do deputado estadual Ary de Camargo Pedroso. E o engenheiro Adilson Maluf foi eleito pela segunda vez prefeito de Piracicaba. Todos pelo PMDB.
Com muita articulação das lideranças locais, incluindo Francisco Antônio Coelho, presidente do Diretório Municipal do PMDB, o governo estadual concluiu as obras da Ceasa e junto com a Prefeitura pavimentaram o seu acesso ligando duas importantes rodovias estaduais – a Rodovia do Açúcar e a Rodovia Cornélio Pires, valorizando toda região que, ao longo do tempo, recebeu diversos empreendimentos imobiliários, beneficiando Piracicaba e Rio das Pedras.
Por mais de 30 anos, a Ceasa cumpriu bem suas funções, ajudando na distribuição de alimentos para Piracicaba e região e, ao mesmo tempo, gerou e manteve muitos empregos. Dada a extensão da “Estrada da Ceasa”, como ficou conhecida, a sua manutenção ficou muito difícil, porque ela faz a ligação de duas importantes rodovias estaduais, ambas concessionadas ao setor privado. Para sua melhor manutenção em nossa gestão, a municipalidade articulou-se com o governo estadual e incluiu o trecho de 4 km da Rodovia do Açúcar à Ceasa, como responsabilidade da concessionária Rodovias do Tietê, resolvendo 50% do problema de sua manutenção.
Os demais 50% foram equacionados pelas articulações dos deputados Roberto Morais e Paulinho da Força e do Secretário Estadual de Trabalho, José Luiz Ribeiro, junto aos governadores Geraldo Alckmin e Márcio França, que liberaram convênio, aprovado pela Câmara Municipal, no valor de R$ 4 milhões. Com esse recurso, a Prefeitura de Piracicaba pode recuperar e recapear o restante, ou seja, 4 km da Ceasa à Rodovia Cornélio Pires.
A obra foi licitada e contratada e encontra-se em fase final de conclusão, trazendo segurança e alívio a todos que por ela transitam. Porém, ficou para a Prefeitura uma contrapartida de R$ 500 mil. A Prefeitura financiou estes R$ 500 mil com recursos adicionais do IPTU, aprovado por 22 vereadores comprometidos com os interesses de Piracicaba. Sem esses recursos, a Prefeitura teria dificuldades em recuperar a Estrada da Ceasa.
Essa é uma pequena parte da história da Ceasa de Piracicaba e de sua estrada. Porém, fica uma preocupação: com o acordo firmado entre os governos estadual e federal de reestruturarem e/ou fecharem a Empresa Ceagesp, precisamos encontrar uma solução para o Entreposto da Ceasa em Piracicaba, onde trabalham muitos permissionários e atendem bem Piracicaba e região.
Enquanto isso, estamos comemorando a conclusão da 2ª etapa da recuperação da estrada da Ceasa, realizada pela Secretaria de Obras da Prefeitura. Parabéns a todos pela conquista!
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Barjas Negri, prefeito de Piracicaba

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