Caps realiza evento neste sábado na praça Santa Cruz

Haverá venda artesanatos produzidos pelos próprios pacientes 

Para trabalhar com o tema “Luta Antimanicomial”, celebrado no mês de maio, o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de São Pedro realiza, das 9h às 12h deste sábado, 18 de maio, uma atividade na praça Santa Cruz. Serão realizadas rodas de conversa com psicólogo, enfermeira, assistente social e biólogo.

Às 9h o bate papo será sobre ansiedade, com a psicóloga Thayná Baltieri; às 10h, o tema será insônia e tratamento com plantas medicinais, com o biólogo Cristiano Pastor.

Outra atividade programada é a distribuição de mudas de plantas, além de venda artesanatos produzidos pelos próprios pacientes e lembrancinhas.

SEM ISOLAMENTO – O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental e o combate à ideia de que se deve isolar essas pessoas em nome de pretensos tratamentos,

O movimento defende que estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, em busca da garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.

O Movimento da Reforma Psiquiátrica resultou na aprovação da  Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, por meio do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.

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