A saúde de São Pedro está a ponto de alcançar um novo patamar de qualidade nos serviços prestados ao cidadão: em uma parceria com a Secretaria de Saúde de Piracicaba, a Prefeitura de São Pedro iniciará, no próximo dia 25 de maio, o treinamento e capacitação de uma equipe médica que atenderá os pacientes em situação grave por meio de viatura de suporte avançado, desenvolvida para as ocorrências mais complexas, tanto de urgência quanto de emergência. Trata-se do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), atendimento pré-hospitalar disponibilizado, pela primeira vez, ao cidadão em uma base situada no município de São Pedro.
A partir de junho, São Pedro contará com a sua própria ambulância do SAMU, que já se encontra à disposição no pátio da Prefeitura, e que será tripulada por uma equipe devidamente capacitada, composta por enfermeiro e condutor socorrista.
Até lá, esses profissionais, que já possuem experiência nesse tipo de serviço, passarão por mais 200 horas de treinamento em atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência, a fim de atender, resgatar e transportar pacientes para hospitais e outros locais de atendimento.
Para Leandro Carneiro Sanches, secretário de Saúde e Desenvolvimento Social de São Pedro, ter o SAMU em território são-pedrense é um marco histórico para o cidadão porque, além do ganho na logística, agiliza o tempo de resposta nos casos de urgência e emergência, aprimorando o atendimento primário, fundamental para a correta avaliação da condição na qual o paciente se encontra, além do nível de seus ferimentos e da gravidade do quadro médico.
“Com o SAMU, a tendência é de redução do número de óbitos, do tempo de internação em hospitais e das sequelas decorrentes da falta de socorro precoce”, explicou o secretário, que, na última sexta-feira, 10, esteve em Piracicaba, acompanhado da administradora do Hospital São Lucas (Santa Casa), Miriam Souza; a gerente da Santa Casa, Tatiane de Cássia; e a responsável técnica da UPA de São Pedro, Elaine Danova. Lá eles se reuniram com Marcelo Pinto Carvalho – assessor do secretário de Saúde de Piracicaba, Augusto Muzilli; o diretor administrativo da Secretaria de Saúde de Piracicaba, Manoel Gustavo Aguiar; e a coordenadora do Núcleo de Educação em Urgência (NEU), Juliana Baldan de Barros, responsável pelos treinamentos do SAMU.
Pioneiro
À exceção de Piracicaba, São Pedro passa a ser o primeiro dos 11 municípios da Comissão Intergestores Regionais (CIR) da Região Metropolitana de Piracicaba a contar com uma base descentralizada do SAMU. A CIR é um colegiado por meio do qual os gestores de saúde definem as necessidades de cada cidade, pactuando e deliberando sobre a política do setor na região. Além de São Pedro e Piracicaba, a CIR local é composta pelos municípios de Águas de São Pedro, Capivari, Charqueada, Elias Fausto, Mombuca, Rafard, Rio das Pedras, Saltinho e Santa Maria da Serra.
192
O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. A ligação é gratuita, de telefones fixo e móvel. Os técnicos do atendimento telefônico identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização. Em seguida, as chamadas são remetidas ao médico regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário. A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos de acordo com a gravidade do caso.
Quando chamar o SAMU:
-Na ocorrência de problemas cardiorrespiratórios;
-Intoxicação exógena e envenenamento;
-Queimaduras graves;
-Na ocorrência de maus tratos;
-Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
-Em tentativas de suicídio;
-Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito;
-Quando houver acidentes/traumas com vítimas;
-Afogamentos;
-Choque elétrico;
-Acidentes com produtos perigosos;
-Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns);
-Agressão por arma de fogo ou arma branca;
-Soterramento, desabamento;
-Crises convulsivas;
-Transferência inter-hospitalar de doentes graves; e
-Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.
Quando não chamar:
-Febre prolongada;
-Dores crônicas;
-Vômito e diarreia;
-Levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames;
-Transporte de óbito;
-Dor de dente;
-Transferência sem regulação médica prévia;
-Trocas de sonda;
-Corte com pouco sangramento,
-Entorses;
-Cólicas renais;
-Transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio; e
-Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica.