A deputada estadual Professora Bebel (PT) e o professor Valdemar Correr, membro licenciado do Conselho Municipal de Saúde, encaminharam ofício ao MP (Ministério Público) do Trabalho para que intervenha e garanta que servidores da rede pública municipal com sintomas da Covid-19 não tenham descontado o abono-desempenho no caso de se ausentarem das atividades profissionais. O pedido de intervenção feito on-line, na última sexta (12), é em função de reclamação de servidores municipais de que colegas de trabalho não se afastaram do serviço mesmo com sintoma de coronavírus, para não perderem o abono-desempenho.
No documento dirigido ao Ministério Público, Bebel e Correr manifestam preocupação com informações que chegaram a eles “de que servidores da área da saúde, que trabalham para a Prefeitura de Piracicaba estariam em suas atividades normais, apesar de estarem com suspeitas de terem contraído a Covid-19, em função de que na ausência do trabalho perdem o abono-desempenho, que é de 60% dos salários para os de curso superior e de 30% para os do ensino médio”.
No documento, eles argumentam que “como estamos vivendo uma pandemia do coronavírus, em que uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para outras, solicitamos a intervenção desta promotoria do Ministério Público junto à Prefeitura de Piracicaba, para que apure esta situação e ao mesmo tempo garanta aos servidores que, em função desta calamidade pública, não ocorram prejuízos salariais aos servidores que se ausentem do trabalho em função de estarem acometidos com a Covid-19”.
Bebel e Correr alegam que a manutenção destes servidores com sintomas da doença em suas atividades, em contato direto com a população que busca atendimento nas diversas áreas da rede municipal de saúde, contribuirá para que o coronavírus se espalhe ainda mais pelo município, o que só tende a elevar o número de contaminados. “Nessa pandemia, em que qualquer pessoa infectada pode transmitir o vírus, mais do que nunca, precisamos assegurar a saúde destes profissionais, que devem se afastar para se tratarem, e ao mesmo tempo, assegurar que não irão contaminar outras pessoas, uma vez que no trabalho que desenvolvem, a maior parte deles está em contato direto com a população que busca atendimento na rede municipal”, ressaltam.