A luta contra a duplicação da Alidor Pecorari; em defesa do Projeto Beira Rio

Jhoão Scarpa

Pablo Carajol

Silvia Morales

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Nos três últimos domingos, o Mandato Coletivo participou, juntamente com o Movimento Salve a Boyes e com representantes de demais grupos, associações e partidos políticos, em atos contra a duplicação da Avenida Alidor Pecorari.

O Movimento tem ocupado o Parque da Rua do Porto “João Herrmann Netto”, protestando contra o projeto de duplicação no final da rua do Porto, anunciado pela Prefeitura Municipal, no qual pretende suprimir mais de 200 árvores, impermeabilizar parte do parque, diminuindo-o e transformar o campo em estacionamento. O movimento trouxe atividades como yoga, diálogo com as pessoas que lá passavam, mostrando o que está pretendido e coletando assinaturas para o abaixo assinado contrária à essa remodelação.

Foram abertas falas aos organizadores às demais pessoas presentes que quisessem expor as suas opiniões. Muitos usuários do parque não sabiam do projeto pretendido; isso mostra a falta de transparência pública por parte do Poder Executivo. Eembora na licitação conste projeto, é um documento mais técnico e não de comunicação, de difícil entendimento da população. No último domingo, membros do projeto Corredor Caipira participaram mostrando a necessidade de se manter as árvores, através de exposição fotográfica de reflorestamentos e da entrega de mudas de espécies nativas à população.

A licitação foi suspensa, mas o Movimento e a cidade mantêm atenção para evitar esse retrocesso que significa jogar fora o projeto Beira Rio, que envolveu dezenas e dezenas de profissionais na elaboração de um estudo e diagnóstico sobre toda a orla do Rio Piracicaba, respeitando e valorizando tanto a cultura ribeirinha, os moradores, a história e a memória da Rua do Porto.

A região necessita sim de investimentos, projetos de melhorias, de urbanização, de meio ambiente, de investimentos no setor cultural e do turismo, de mobilidade. Portanto, somos a favor de projetos que fortaleçam a participação social, mas contrários a um projeto sem estudos e que favoreçam unicamente alguns interesses econômicos e a especulação imobiliária.

Qualquer que seja o projeto que não ouça e não respeite essa riqueza estará, de forma autoritária e impositiva como este projeto colocado por essa gestão, passando por cima do povo piracicabano, estará cometendo uma violência. Uma avenida não pode e não é mais importante que a vida coletiva, o lazer, o verde, o direito ao parque, à natureza e à cidade!

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Mandato Coletivo “A Cidade é Sua” (Jhoão Scarpa, Pablo Carajol e Silvia Morales)

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