“Todo ser humano trapaceia, mente e engana, e, diga-se de passagem, faz isso de forma corriqueira, resoluta, refinada e calculista.” (Ulrich Kraft – médico e jornalista científico)
Em 1997, após observar 20 pessoas, o psicólogo Gerald Jellison registrou uma mentira a cada 8 minutos nas pessoas consideradas mais sinceras do grupo. Descobriu que o grupo com mais mentirosos são os com mais contatos sociais: vendedores, secretários, médicos, advogados, psicólogos e jornalistas.
Para antropólogos a mentira não é algo lamentável; ela compõe fator decisivo de nossa inteligência social. “Sem o engodo e o despistamento, nossas complexas relações seriam impensáveis”, afirma David Nyberg (Universidade de Nova York). Ela pode se prestar ao nosso desejo de proporcionar alegria ao outro ou mesmo não expô-lo.
O psicólogo Robert Feldman descobriu que homens mentem para a promoção pessoal enquanto mulheres visam proporcionar o bem-estar de seus interlocutores. Eles mentem 220 vezes ao dia, enquanto elas apenas 180. Para os evolucionistas a mentira surgiu com as relações de poder em sociedade.
Em certos casos a dissimulação chega a ser um talento: enfermeiras e médicos necessitam poupar seus pacientes de complicações na saúde.
Os afásicos que têm uma lesão no hemisfério esquerdo do cérebro detectam melhor a mentira e um grupo deles caiu na risada com um discurso de Ronald Reagan. E eles tinham razão!
Fonte: Revista Viver Mente e Cérebro.
A tartaruga-de-couro, o mais pesado réptil do planeta, pode pesar uma tonelada.
Tomei consciência que atraio homens mulherengos e com tendência ao alcoolismo e que de certa forma lembram atitudes que eu criticava em meu pai. São homens que não querem compromisso e não me dão valor. O que faço para superar esse ciclo vicioso que se instaurou?
Mary.
Foi Freud que apontou a tendência da mulher procurar um companheiro com características de seu pai, contrariamente ao homem, por questões da constituição do masculino e do feminino.
A superação do ‘ciclo vicioso’ vincula-se ao seu desejo, sempre da ordem do inconsciente, só revelado em análise, e não pode ser confundido com o querer, da consciência. No entanto está evidente sua identificação com a figura paterna que se repete nos seus envolvimentos.
Toda a criança tem nos pais as imagos do primeiro caso amoroso, de onde surge o desejo incestuoso e sua proibição, sendo essa a que nos possibilitará o encontro com o outro sexo numa fase madura da vida.
A grande maioria das pessoas (para não dizer todos) encontra-se alienada das forças que regem tal desejo. Não é possível se desalienar totalmente, porém um pouco que revelado muda muito a vida da pessoa.
Uma coisa é certa: essa identificação paterna precisa ser rompida. Sem isso não haverá encantamento por um homem fora de seu pai.
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