Por que a frustração com os nossos líderes?

Alvaro Vargas

A história tem registrado, várias lideranças, que contribuíram, de forma significativa, no desenvolvimento de nossa sociedade. Mas, independentemente do sucesso alcançado, raros são poupados das críticas sobre o seu procedimento. O apóstolo Paulo, foi escolhido por Jesus, antes de reencarnar, para a nobre missão de divulgar a Boa-nova para os não judeus (gentios). Embora tenha sido exitoso em seu trabalho, quando ainda era o “doutor da lei”, no templo judaico (como Saulo), perseguiu os cristãos e condenou Estevão a lapidação. Outros trabalhadores na “Casa do Caminho”, Pedro, Felipe e João, só lograram escapar da pena de morte,devido àinterferência de Gamaliel (mentor de Saulo), que advogou a favor deles (Paulo e Estevão, Emmanuel e Chico Xavier).O profeta Maomé, quando na erraticidade, assumiu com Jesus o compromisso de reavivar os ensinamentos do Mestre, devido aos desvios da igreja na Europa, mas ele não conseguiu manter-se fiel ao Cristo. Deixou-se levar pela fascinação do mundo material, entrando em sintonia mental com as forças sombrias da Terra, produzindo com a sua mediunidade uma doutrina contraditória, pois, juntamente com os aspectos belos da Boa-nova,há um espírito belicoso, de violência e de imposição. Por essa razão,“o Islamismo que poderia representar um grande movimento de restauração do ensino de Jesus, corrigindo os desvios do papado nascente, assinalou mais uma vitória das trevas contra a luz” (A Caminho da Luz, cap. 17, Emmanuel e Chico Xavier).

Aqui no Brasil, nação destinada a ser a pátria do Evangelho, Jesus escolheu o espírito Longinus, para reencarnar como Pedro de Alcântara, a fim de ser o imperador de nossa nação(Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho, cap. 20, Humberto de Campos e Chico Xavier).D. Pedro II era uma alma de escol,que conseguiu pacificar o império e evitar o desmembramento de nosso país, conforme ocorreu com as nações vizinhas, que foram colonizados pelaa Espanha. Foi um grandelíder, permitindo a abolição da escravatura, sem o derramamento de sangue (como nos EUA); e, sem permitir qualquer conflito doméstico, foi exilado durante aqueda da monarquia. Entretanto, ele não conseguiu atenderao pedido de Jesus, para evitar conflitos externos. A interferência do imperador, nas questões da Argentina e Uruguai, assustou Solano Lopez (presidente do Paraguai), que iniciou uma guerra contra o Brasil. D. Pedro IInão conseguiu atenuar asconsequências desse conflito, criando um carma doloroso para a nação brasileira (felizmente já quitado pela construção da represa de Itaipu). Da erraticidade, o espírito Pedro de Alcântara (Novas Mensagens, Humberto de Campos e Chico Xavier), reconheceu que “em todos esses conflitos bélicos, ele poderia ter empregado outras ações, e que o equívoco foi devido à visão daquela época, em que existia a predominância dos reflexos da vida e da cultura europeia, com o desconhecimento da realidade brasileira”.

Se mesmo os espíritos designados por Jesus, para realizar as grandes missões aqui na Terra, são capazes de cometer equívocos, o que dirá daqueles que assumem uma posição de relevo na sociedade, sem o devido preparo. Perante os erros alheios, geralmente interpretamos: “como alguém, com tantas virtudes, pode ser tão pequeno”; quando o correto seria:“esse indivíduo, embora limitado, consegue se superar e realizar grandes obras”.Devemos recordar, que todos nós somos almas em evolução,e mesmo aqueles que se destacaram nos mais variados campos da atividade humana, podem apenas ser citados, como grandes exemplos de dedicação aos ideais esposados. O único modelo e guia a ser seguido, é Jesus de Nazaré (Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 625). Devemos então, procurar compreender as limitações humanas, valorizando as obras que nossas lideranças realizam,mas livres de falsas expectativas.

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