Nova assembleia marcada para 26 de abril, na Praça da República, em São Paulo, e indica greve dos professores da rede estadual
Em assembleia promovida pela Apeoesp, na tarde da última sexta (15), pelo menos cinco mil professores de diversas regiões do Estado de São Paulo decidiram intensificar a mobilização da categoria nas escolas para organizar a greve em defesa do magistério paulista. A assembleia foi realizada na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação, palco de uma nova assembleia já marcada para o dia 26 de abril, que já tem como indicativo a deflagração de greve dos professores da rede estadual de ensino por reajuste salarial, emprego, valorização, condições de trabalho e dignidade, contra o autoritarismo e o assédio moral na rede estadual, além de melhores condições de trabalho e em defesa da qualidade de ensino.
A proposta aprovada na assembleia foi amplamente debatida na reunião do Conselho Estadual de Representantes, que foi realizada no período da manhã, na sede da Apeoesp. “Agora, vamos trabalhar pela mobilização total rumo à greve. Vamos construir coletivamente um movimento muito forte em todo o estado, que deságue na decretação da greve que seja fruto da vontade e da decisão da categoria a partir da base”, disse a segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel, durante encontro com professores e pais de alunos, na manhã do último sábado, na cidade, já iniciando a mobilização.
Segundo ela, a Apeoesp inclusive, por meio de todas as suas subsedes, realizará uma “Caravana por Educação e Serviços Públicos de Qualidade” por emprego, salário, condições de trabalho e dignidade, fim do autoritarismo, assédio moral e plataformas digitais que esvaziam o trabalho dos professores. “A caravana percorrerá todas as regiões do estado, dialogando com os professores e professoras, funcionários, estudantes, pais e toda a população”, conta.
Nesta campanha salarial, a Apeoesp reivindica reajustes do piso nacional no salário base e 10,15% bloqueado no STF. “Também queremos salários, direitos e estabilidade da categoria F para a categoria O, assim como pagamento imediato do ALE, não ao corte de verbas da educação, fim das plataformas digitais que oprimem os professores e prejudicam os estudantes, não às escolas cívico-militares, convocação e efetivação de todos os aprovados no concurso.
PAGAMENTO – Com relação ao pagamento dos salários dos professores, de acordo com Bebel, a Secretaria Estadual da Educação confirmou que será feito em folha suplementar dia 20 de março para os contratos firmados entre 7 e 15 de fevereiro. Já os contratados após essa data receberão no quinto dia útil de abril.