Douglas S. Nogueira
Todos nós sabemos que Santa Bárbara d´Oeste e Americana, no passado, receberam os títulos de “Pérola Açucareira” e “Princesa Tecelã”, respectivamente.
A cidade barbarense sempre mostrou ao mundo sua capacidade para produzir açúcar, isso graças às diversas usinas e aos incontáveis hectares de cana-de- açúcar que rodearam por muito tempo a mesma, daí o título “Pérola Açucareira”. Por outro lado a vizinha americanense com suas fortes tecelagens lançava aos quatro cantos do planeta, sua fama em relação à produção de fios e tecido, recebendo então merecidamente a titulação “Princesa Tecelã”.
Hoje porém, já não se é mais possível chamar carinhosamente as duas cidades por essas nomeações. Mas por que não? Pelo motivo de Santa Bárbara d´Oeste e Americana, serem atualmente dominadas por comércios de todos os ramos, indústrias metais-mecânica das mais avançadas e variadas. Além do que o povo barbarense nos dias atuais, não sofre mais com tantas queimadas de cana ou faíscas proporcionadas pelas chaminés das usinas, se isso ocorre é em baixa escala. Já a população americanense tem em seu território comércios fortíssimos, sendo até mesmo referência para a região e algumas indústrias metalúrgicas, montadoras entre outras de porte considerável, deixando um pouco de lado as tradicionais tecelagens.
Por tudo isso, podemos dizer que “Pérola Açucareira” e “Princesa Tecelã” já não existem mais, pois a modernidade mundial e a obrigatória mudança tecnológica, modificaram as tradições de ambas as cidades.
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Douglas S. Nogueira, escritor