José Osmir Bertazzoni
O coração está intrinsecamente ligado ao tempo; é dependente dele, porém, ao mesmo tempo, ele determina nosso tempo. Assim como um relógio, o coração possui suas próprias batidas, tornando-se um metrônomo biológico. Quando mencionamos o coração, o amor é a primeira associação que fazemos. Mas por quê?
Na música e na poesia, o coração frequentemente é retratado em conexão com o amor egoísta, seja o amor da mulher pelo homem ou vice-versa, ou até mesmo relacionado à perda. Poucos percebem que o coração é nosso cronômetro oficial, indicando quanto tempo vivemos. O amor coletivo ou social é igualmente importante ao amor egoísta, que se limita a uma única pessoa.
E se decidíssemos amar nosso próprio coração? Seria estranho amar a si mesmo dessa forma? Considerando o coração, o professor Francesco Prati, presidente da Fundação Centro de Luta contra o Ataque Cardíaco, enfatizou em uma conferência em Florença (“Conhecendo e Cuidando do Coração”) que pesquisas qualificadas demonstraram a redução do componente gorduroso, o espessamento da cápsula fibrosa e a diminuição da inflamação local após a significativa redução do colesterol LDL no sangue.
O LDL transporta o colesterol para nossas células e, em excesso, pode acumular-se nas paredes das artérias, formando placas que aumentam o risco de infarto e derrame, processo conhecido como aterosclerose. Por isso, o LDL é chamado de “mau colesterol” e seu nível deve ser mantido baixo.
Foi demonstrado que a redução imediata para valores muito baixos de LDL melhora ainda mais o prognóstico em indivíduos com Síndrome Coronariana Aguda recente (ataque cardíaco etc.). A eficácia clínica da redução precoce e transitória confirma que os pacientes que atingem valores iniciais de LDL abaixo de 15 mg/dl vivem mais e melhor.
A cardiologia é definida como um ramo da medicina responsável por estudar, cuidar e tratar o coração e os vasos sanguíneos. É uma das especialidades médicas que se dedica ao coração e ao sistema circulatório.
A cardiologia é principalmente dividida em duas grandes áreas, assim como toda a medicina: preventiva e curativa.
Cardiologia Preventiva – Voltada para a prevenção de doenças cardíacas e do sistema circulatório, essa área é crucial dada a tendência crescente de doenças cardiovasculares. Trabalha na prevenção desses problemas para evitar complicações graves.
Cardiologia Curativa – Concentrada na cura e tratamento das doenças cardíacas, sejam desenvolvidas ao longo do tempo ou congênitas. Baseia-se no estudo dos sintomas para diagnosticar e tratar o problema quando um paciente os apresenta.
É muito difícil fazer sua cabeça e seu coração trabalharem juntos.
No meu caso, eles não são nem amigos.
(Crimes e Pecados – Woody Allen)
Se desejas continuar sendo amado por seu próprio coração, corra e procure um cardiologista para garantir uma saúde duradoura. Afinal, o que importa é continuar usando seu coração para manter ou encontrar um novo grande amor.
______
José Osmir Bertazzoni, advogado, jornalista, escritor