Bate-papo com Cristiano Cavalcante

Luiz Tarantini

Olá, amigos torcedores do XV de Piracicaba e os seguidores do projeto Passe de Letra, uma honra ter sua companhia semanal aqui na “A Tribuna” e em todos os veículos aonde colocamos nossas opiniões. Hoje, bateremos um papo descontraído com um profissional que mostrou suas qualidades como atleta e agora como integrante da comissão técnica do Nhô Quim. Vestiu e honrou a zebrada como poucos e tem o agradecimento do torcedor eternamente pelo amor demonstrado no passado e nos dias atuais pelo XV: Cristiano Cavalcante.  Cristiano começou como goleiro nas categorias de base do alvinegro, pelo Nhô Quim, foi campeão brasileiro da Série C, em 1995. Cristiano teve mais três passagens pelo XV, sendo que a mais marcante aconteceu no ano de 2005, quando foi o capitão da equipe que conquistou o acesso à Série A2 do Paulista. Após encerrar a carreira profissional em 2009, Cristiano iniciou um novo ciclo, mas como preparador de goleiros. O Lemense foi o primeiro clube nesta nova função, em 2010. Além da equipe de Leme, o ex-arqueiro trabalhou, também, em São José dos Campos e no São Bento. Hoje Cristiano tem o respeito de seus comandados pela sua qualidade como profissional e pela carreira vitoriosa que escreveu durante sua trajetória.

Cristiano Cavalcante

  • PL- Sabendo que a posição do goleiro requer reflexo extremo e tempo de jogo, qual preparação para a volta a competição em alto nível?

CC- A posição de goleiro é especial e sua preparação para disputa em alto nível é diferente. Além da boa condição física e elaboração de treinos técnicos, o goleiro necessita demais de concentração durantes os jogos, pois uma só falha pode comprometer toda uma temporada. Não tem como conseguir este nível logo na retomada, os treinos darão o suporte, mas a excelência somente com a sequência das partidas e o gradual crescimento da segurança.

  • PL- Nessa paralisação, qual foi sua recomendação para que os goleiros ficassem em movimentação?

CC- Nossa instrução para os atletas da posição nessa paralisação foi em respeitar o distanciamento social, evitar os locais com aglomerações, mas que mantivesse no limite do possível a forma física, pois a parte técnica não fica tão comprometida, mas voltando aos treinos com o físico próximo do ideal, em duas semanas já estará apto a disputar uma partida em alto nível.

  • PL- Agora o maior temor para os atletas da posição de goleiro são as contusões ou falta de tempo de jogo?

CC- O maior temor é mesmo a falta de tempo de jogo, as contusões preocupam, mas afligem mais os atletas de linha, para o goleiro sem duvida é o ritmo de jogo e a concentração.

  • Qual a situação dos profissionais da comissão técnica? Como manter a concentração com tanta informação negativa?

CC- Muito difícil e diferente, eu particularmente e conversando com amigos de profissão, nunca havia passado por situação semelhante de ficar em casa, parado sem muitas informações do que vai acontecer, o XV nos dá a segurança necessária e está sempre preocupado com nosso bem-estar. Esse é um adversário invisível duro de vencer, mas mantemos a confiança na retomada gradativa da rotina e sempre esperançosos em boas notícias para fazer os que amamos que é o futebol.

  • Em sua visão como profissional que já atuou dentro de campo e agora na preparação de atletas, como deveria ser feita a volta das competições no geral?

CC- Todos os atletas, integrantes da comissão técnica, imprensa e torcedores devem seguir a      risca toda orientação do ministério da saúde, respeitando todas determinações passadas pela FPF (Federação Paulista de Futebol), para que a retomada não seja prejudicial a saúde de todos envolvidos nas competições.

Mande seu recado pelo e-mail: [email protected] ou pelo Whatsapp (19) 99926-0030.

Luiz Tarantini é repórter esportivo, comentarista esportivo, marketing comercial e colunista.

               

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