Os constantes alagamentos em dias de chuva na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Sônia “Nestor Longatto” foram discutidos na tribuna da 8ª Reunião Ordinária, realizada na noite desta quinta-feira (29), quando da votação do requerimento 214/2024, de autoria do vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, que busca detalhes sobre a manutenção da unidade de saúde.
Na propositura, o parlamentar diz que a UPA “está em situação de precariedade e total descuido por parte deste município, prejudicando os profissionais que lá exercem suas atividades, assim como todas as pessoas que necessitam passar por atendimento médico”.
Ele, na sequência, relata a ocorrência de alagamentos na unidade – inclusive com fotos que evidenciam o problema – e ainda afirma que “a rotina dos funcionários já é tensa e cansativa, devido à diária que percorrem, com a falta de manutenção do local. Além do mais, o dia chega a ser insuportável de tantos atendimentos realizados”.
Cássio Luiz, então, pergunta se o Executivo tem conhecimento dos problemas relatados e, também, questiona se são realizadas visitas periódicas à UPA para averiguar suas condições de infraestrutura.
O vereador também quer saber se há alguma data prevista para manutenções no prédio da unidade e se há processo licitatório vigente para a contratação desses serviços. Em caso afirmativo, ele pede a respectiva documentação comprobatória.
Debates – Ao discutir a propositura, Josef Borges (Solidariedade), líder de governo na Câmara, reafirmou a existência de alagamentos e de grandes demandas por atendimentos na unidade. Ele, no entanto, destacou que a construção de um novo prédio para receber a UPA está programada: “o projeto foi finalizado e, agora, está em revisão orçamentária para ser enviado à licitação”. Ele acrescentou: “esse projeto vem tanto para modernizar como para suprir essas lacunas”.
“Esperamos que essa obra saia o quanto antes para atender a população”, falou Gustavo Pompeo (Avante) ao justificar seu voto favorável ao requerimento. Ele ainda classificou o atual espaço da UPA como “insalubre”, e disse que a última obra realizada na unidade favoreceu ainda mais os alagamentos: “a UPA está abaixo do nível [da rua] e aí você faz uma rampa, sem drenagem… A água vai para onde? Ela vai evaporar? Ela vai entrar e alagar! Ela já alagava, mas depois da última obra aumentou o alagamento”.
Laércio Trevisan Jr (PL)., ao justificar seu voto favorável, disse que “não dá para defender o indefensável”, e frisou que, ao longo dos últimos anos, tem relatado a situação da UPA na tribuna: “esse é o quarto ano que venho nesta tribuna para falar do mesmo assunto. Não conseguiram fazer uma canaleta no início da rua para desviar a água que desce na porta da UPA da Vila Sônia! Não conseguiram fazer um ralo para levar a água que desce ali para a boca de lobo na esquina, ou seja, não houve interesse em se fazer uma obra simples”.
Na sequência, Pedro Kawai (PSDB) pontuou que “o Executivo é eleito para executar e, na sua execução, resolver os problemas da população, e não ficar apresentando ideias e projetos. Ele tem que executar projetos e não propor projetos. É uma diferença gigantesca”.