Desvios de função dos funcionários lotados no Centro de Especialidades Médicas, o Postão, fato este que está causando reflexos negativos no atendimento da população e gerando risco de prejuízo aos cofres públicos, ante probabilidade de demandas judicias, é o que questiona o vereador Paulo Campos (Podemos), através do requerimento 202/24, aprovado em regime de urgência na 6ª reunião ordinária, que será encaminhado ao Secretário de Saúde, doutor Augusto Muzilli Júnior e ao Procurador Geral, doutor Guilherme Mônaco de Mello.
De acordo com o vereador, relatos de funcionários do SUS, acerca de eventuais desvios de função, funcionários com qualificação técnica em saúde estariam desempenhando funções administrativas, fato este que veem impactando diretamente no atendimento da população, bem como impedindo que pessoas concursadas sejam admitidas para iniciar suas atividades, e assim contribuir com o atendimento.
Paulo Campos questiona se é do conhecimento do Secretário de Saúde e do Procurador Geral que no Centro de Especialidades Médicas – Postão, funcionários com qualificação técnica em saúde estariam desempenhando funções administrativas, qual o motivo do desvio de função e quantos funcionários desempenham funções administrativas no Centro de Especialidades Médicas.
Ele questiona também se é de conhecimento do secretário a existência de concurso para escriturário com pessoas em lista de espera e se a enfermeira chefe, tem autonomia de realocar funcionários em outra função, qual o cargo para que os funcionários em desvio de função foram contratados e quais cargos estão exercendo no momento.
Durante uso da tribuna, o parlamentar deixou claro que não tem nada contra os servidores públicos, que sempre os defende, mas que não pode ser conivente em sobrecarregar servidores que estão na recepção.
“De acordo com os relatos que estamos recebendo, a funcionária que prestou concurso para atendente está prestando serviços administrativos e isso não pode acontecer. Se no futuro houverem ações judiciais contra a prefeitura e se ela for condenada é com o dinheiro do povo que será paga”, disse Paulo Campos.
“Posso estar equivocada, mas acho que não há anuência do secretário de saúde. Isso não pode acontecer, pois está trazendo grande prejuízo ao atendimento aos munícipes. Essa semana estive lá, tinha uma atendente para 300 pessoas”, finalizou o parlamentar.