Uma bala, vida ou morte

Luiz Azal

Voltei, caro eleitor. Tirei um tempinho para recarregar as energias, pois 2024 já começou e será um ano de muito trabalho. A pré-campanha está em andamento, com as articulações partidárias no balcão de negócios. Aquela preocupação de quem está ao lado de quem? Que maravilha começou o ano eleitoral, mas não me esqueci da minha promessa de te ajudar.

Hoje, vou falar sobre o público-alvo. Sem tanto drama como nos antigos filmes de faroeste, em que quase sempre o mocinho só tem uma bala para se salvar, mas o público-alvo é mais ou menos isso mesmo: usar a sua comunicação (bala) para atingir o seu eleitor, aquela pessoa que tem mais empatia com a sua mensagem e o que você representa.

Não sei qual é a sua religião, mas tenho certeza de que você sabe que nem Jesus Cristo conseguiu agradar a todos. Então, em uma disputa para vereador, onde o voto é acirrado, não gaste munição tentando convencer quem não gosta de você ou não pensa da mesma maneira. Concentre seus esforços em fazer com que as pessoas que têm semelhança com seus pensamentos se tornem multiplicadoras da sua palavra, fazendo novamente a alusão a Cristo, como o Senhor fez com os 12 apóstolos.

Seguindo por essa linha de raciocínio de economizar munição e usar de maneira correta a sua comunicação, é onde entra a definição do público-alvo, através da criação de personas. Assim, você terá uma comunicação mais personalizada. Personas são representações fictícias de eleitores típicos dentro de segmentos específicos. Essas personas são fundamentais para direcionar mensagens e estratégias de campanha de maneira mais eficaz.

Uma vez criadas as personas, os candidatos podem moldar estratégias de comunicação que ressoem com as preocupações identificadas. Isso envolve o desenvolvimento de mensagens adaptadas, a escolha de canais de comunicação eficazes e a adoção de um tom de voz alinhado com os valores da persona.

A participação em eventos locais também desempenha um papel crucial, permitindo que os candidatos se conectem diretamente com o eleitorado. O monitoramento contínuo da resposta do público, juntamente com ajustes na estratégia com base em feedback e mudanças nas circunstâncias políticas, completa o ciclo.

A estratégia de comunicação política centrada em personas não apenas personaliza as mensagens, mas também aumenta a relevância e a persuasão das campanhas. Em um cenário político em constante evolução, essa abordagem sintonizada com as necessidades específicas do eleitorado emerge como uma ferramenta valiosa na busca pelo apoio popular. (No próximo artigo, falarei sobre os partidos políticos. Deixo uma piadinha: “Se partido fosse bom, seria inteiro.”)

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Luiz Azal, especialista em Marketing Político e Eleitoral

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