Entre janeiro a novembro de 2023, pelo menos 66 casos de violência contra mulher foram registrados na Delegacia de São Pedro. Por conta desses números e ainda os que não foram formalizados por medo, dependência financeira e até mesmo vergonha, o vereador Adriano Vitor está empenhado em trazer para cidade uma Delegacia da Mulher.
Além de ser um assunto muito debatido nas reuniões do grupo de Segurança da Agenda 2035, recentemente, o vereador pediu apoio do deputado estadual Helinho Zanatta e do prefeito Thiago Silva para criar em São Pedro um projeto que vise assegurar os diretos e proteção das mulheres.
“Publicamente, o prefeito aceitou a sugestão e se colocou à disposição para trabalharmos a questão. O deputado Helinho Zanatta falou sobre a importância de se criar uma rede de proteção em torno das mulheres vítimas de algum tipo de violação de direitos e se colocou à disposição para trabalhar junto ao governo do estado de São Paulo para que a cidade de São Pedro seja contemplada com uma unidade de Delegacia da Mulher”, informou Adriano Vitor.
O parlamentar fez um levantamento dos municípios que já contam com uma Delegacia da Mulher para entender a viabilidade. “A princípio pensei que fosse apenas para cidades maiores, mas descobri várias com 21, 22, 30, 35, 40 mil habitantes que contam com uma delegacia especializada”, explicou.
Além dos dados fornecidos pelo delegado da cidade, Airton Jaguanharo, o vereador buscou mais informações sobre casos de violência contra a mulher com as assistentes sociais e conselheiros tutelares. “Descobri que há muitos mais casos que não são formalizados por medo, dependência financeira e também por vergonha de ter que falar com um policial homem”.
Para Adriano Vitor, com a implantação da Delegacia da Mulher em São Pedro, o número de boletins de ocorrências pode dobrar. “É um projeto de extrema importância que depende exclusivamente de uma lei municipal. Além da Delegacia, queremos trabalhar com o Conselho da Mulher, com a proposta de reunir mulheres da sociedade e da administração municipal para debater políticas de interesse das mulheres”, disse.
O vereador acredita que não basta apenas uma delegacia especializada, mas sim uma rede de apoio em vários setores. “Depois vamos buscar parcerias com empresas para dar oportunidade de emprego para essa mulher ter renda e sair das dependências do marido agressor; além de garantir vagas para os filhos nas creches, atendimento psicológico e social, orientação jurídica e oferta de cursos de qualificação”.
Que bom aqui precisamos mesmo ter uma delegacia da mulher ,mais segurança