TOC (VIII) – Superstições

As superstições fazem parte da civilização humana. Gato preto, passar debaixo de escadas, três toques na madeira são corriqueiros em nossa vida. A distinção entre essas superstições e as que surgem no TOC é a intensidade da crença nelas, sua interferência no cotidiano, e o nível de aflição que causam se contrariadas.

No TOC as superstições são associadas a pensamentos negativos (azares, doenças, morte), e sua evitação é sempre promovida pelo sujeito. Dias que contém os números 3, 7, ou ímpares podem conduzir a comportamentos de evitação que levam o sujeito a nem mesmo sair de casa, ou quando muito sair com enorme aflição. Há também a necessidade de se interromper alguma atividade quando os ponteiros do relógio ultrapassam o número 6, indicativo de que alguma desgraça está prestes a ocorrer. Essas são as denominadas superstições de conteúdo mágico que caracterizam o TOC.

 

Fonte: http://www.ufrgs.br/ufrgs/inicial

Todo som surge do silêncio, assim como todo acontecimento surge do vazio. Tive um relacionamento curto com um rapaz que depois me ignorou. Apesar de fazer o mesmo com outra (até ficamos amigas) sempre me tratou muito bem. Só acho que mereço os que me fazem sofrer como se tivesse que pagar por não ter dado certo. Nunca entendi porque sumiu assim, pois nem brigamos! Faz quase um ano e não consigo esquecê-lo (nem sei se quero), e isso está me atrapalhando profissionalmente.Anita 

Quando diz “nunca entendi porque sumiu assim” não estaria dizendo “quem sou eu que me desconheço?” Essa falta de compreensão é de si mesma e não dele. Não estaria se culpando por considerar que ele lhe tratava bem? O desinteresse dele não está alimentando um suposto sentimento de fracasso?

Ao indicar que ele já repetiu o feito com mais alguém você desfaz dele, mas depois nem deseja esquecê-lo. A quem não quer esquecer? Você não apenas carrega essa pessoa de idealizações; se reveste de tal onipotência que o fracasso/sucesso da relação se torna sua total responsabilidade.

Quando se nega a olhar a realidade que se lhe apresenta, as perguntas ‘quem sou?’ ‘o que quero?’ ‘o que espero de um homem?’ lhe apertam ainda mais. A punição que se submete está ligada à cobrança que faz de você a você mesma. Está tentando reproduzir nas relações atuais algo da ordem dessa relação mal resolvida, mas de modo inverso.

 

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