Condomínios fechados, horizontais e verticais

João Chaddad

 

 

Nos últimos 20 anos, a concepção de morar mudou muito em função da violência urbana, da mudança de costumes e do surgimento de novos materiais. A falta de segurança levou as pessoas a ostentar menos, construir casas menores, cercadas de muros altos, simples por fora e quando possível mais conforto interno.

Para o cidadão com maior poder aquisitivo verificamos também que, em função dos apartamentos que são preferidos pelas mulheres e das casas preferidas pelos homens, surgiram os condomínios horizontais fechados – casas com a segurança dos apartamentos e ainda com jardins e quintal, agradando assim toda a família. Recentemente surgiram condomínios horizontais com construções verticais, ou seja, edifícios dentro de um condomínio com muito conforto, que mais parecem pequenas cidades.

Os condomínios fechados horizontais apresentam nas áreas em comum, atividades sociais, esportivas e culturais, atrações essas que fazem com que o cidadão circule menos pela cidade a pé ou com veículos, colaborando assim com o trânsito caótico, tão comum nas grandes cidades.

Em algumas cidades já se discute a área máxima ocupada por condomínios fechados, pois estes apresentam um grande obstáculo para o trânsito de pessoas e veículos, obrigados a dar uma grande volta no perímetro externo do condomínio, e isso afeta principalmente o movimento de ambulâncias, bombeiros, polícia etc..

 

Conclusão: É bom esclarecer que condomínios fechados acabam ficando com a responsabilidade de tarefas que seriam da Prefeitura como: lixo, limpeza, manutenção de ruas e calçadas, segurança, etc. E por tudo isso o morador recebe mensalmente o boleto para pagar de condomínio.

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João Chaddad, arquiteto e urbanista

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