Rio Piracicaba – Deputado destina recursos o para desassoreamento

O deputado Luiz Claudio Marcolino (PT), membro da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) protocolou sugestão de investimento como emenda na Lei Orçamentária Anual (LOA), que poderá destinar R$ 20 milhões para desassoreamento de trechos do Rio Piracicaba. A demanda atende a um pedido da Associação de Moradores e Comerciantes da Rua do Porto (Amoporto), de Piracicaba, sede da Região Metropolitana.

A emenda foi levada a audiência pública e reforçada pelo parlamentar, que coordena a Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento das Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo. Os recursos serão para custear parte do desassoreamento do Rio de Piracicaba, em uma localidade que compreende o bairro de Tanquã, região preservada, e que sofre os efeitos do assoreamento do rio.

Com o desassoreamento, a Amoporto entende que será garantindo melhor trânsito das águas do Rio Piracicaba, aumento da biodiversidade, melhor navegabilidade, trazendo novos modais de transporte para a região, além de incentivos ao turismo ecológico.

Um dos grandes benefícios será a redução do impacto das enchentes para a população ribeirinha, quando da época das chuvas, já que as águas invadem casas, ranchos e comércios, trazendo prejuízos ao turismo, aos cidadãos e à cidade.

Luis Fernando Magossi, o “Gordo”, que vivencia o cotidiano do Rio Piracicaba há décadas, comenta, “ao longo dos anos, em função do grande número de áreas destinadas à agricultura e, a ausência de um projeto de curvas de níveis nas lavouras à montante, qualquer chuva relativamente forte, as enxurradas causadas por elas ultrapassam as curvas de nível e, chegam até o Piracicaba trazendo e detritos – terra, areia, pedras – provocando o assoreamento”, explica Magossi.

Desassoreamento é a remoção de areia, lodo e outros sedimentos do fundo de rios e lagos, causados por ações humanas ou pelo desbarrancamento de terra decorrentes de fenômenos naturais. O desassoreamento de rios e lagos, efetivado por meio da dragagem, consiste na administração de um aparelho de sucção. Esse dispositivo é uma draga hidráulica composta especificamente para a drenagem de areia, lodo, pedras, sedimento, materiais contaminados ou não, que poluem o fundo desses ambientes.

O deputado estadual, Luiz Claudio Marcolino, diz que para ele é extremamente importante garantir a oferta de água para os municípios e resgatar a vocação natural dos cursos d´água, “o desassoreamento é uma forma de prevenir as enchentes, que ocorrem quando o volume das águas das chuvas é elevado e o leito do rio está elevado com excesso de resíduos e acúmulo de terra, areia, galhos e troncos de árvores, então é preciso investir em máquinas e obras para remoção dos materiais que impedem o trânsito das águas e, causam enchentes e outros problemas ambientais”, expõe Marcolino.

Magossi comenta ainda que, “o primeiro trecho que sugerimos que seja desassoreado é aquele que inicia no chamado poço do antigo Clube de Regatas até um ponto localizado abaixo da rua Rangel Pestana. Antigamente, o poço tinha uma profundidade de 18 metros e, toda essa areia e terra que se movimenta e, chega até estes pontos causa o assoreamento. O desassoreamento ampliaria o volume de descarga de água ideais para reprodução, berçário, criadouro e abrigo para várias espécies de fauna aquática e, evitaríamos as enchentes”, comemora Magossi.

 

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