Barjas Negri
Desde 2015, o Brasil participa da Agenda 2030 que estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com participação de 193 estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU). A Agenda 2030 tem como principal propósito promover universalmente a prosperidade econômica, o desenvolvimento social e a proteção ambiental, da sociedade civil e do setor privado, com 17 objetivos e 169 metas.
Por iniciativa do Instituto Sustentável das Cidades (ISC), no âmbito do Programa das Cidades Sustentáveis (PCS), foi criado o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), levantando informações de todos os 5.570 municípios brasileiros, disponíveis em órgãos oficiais no período de 2010 a 2020. Esse índice é composto por 100 indicadores referentes às várias áreas de atuação da administração pública.
Os indicadores levantam séries históricas agrupadas em 17 áreas: 1- erradicação da pobreza, 2- fome zero e agricultura sustentável, 3- saúde e bem-estar social, 4- educação de qualidade, 5- igual de gênero, 6- água limpa e saneamento, 7- energia limpa e acessível, 8- trabalho decente e crescimento econômico, 9- indústria, inovação e infraestrutura, 10- redução de desigualdades, 11- cidades e comunidades sustentáveis, 12- consumo e produção responsáveis, 14- vida na água, 15- proteger a vida terrestre, 16- paz, justiça e instituições eficazes e 17- parceria e meios de transportes. O índice geral varia de 0 a 100.
Os resultados foram divulgados recentemente para cada um dos 5.570 municípios brasileiros e estão disponíveis para pesquisa e divulgação. O maior índice alcançado foi 65,617 de São Caetano do Sul (SP), na Região Metropolitana de São Paulo, indicando que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para melhorar seus indicadores municipais nesta década. Mas já tem bons avanços.
Piracicaba que ao longo das últimas décadas realizou expressivos investimentos em economia, infraestrutura e nas áreas sociais e ambientais, obteve o índice de 62,125, classificando-se em 31º lugar entre todos os municípios brasileiros. Além disso, a cidade ficou em 11º entre os 319 com população acima de 200 mil habitantes.
Por isso, temos muito a comemorar, pela qualidade de vida alcançada pela sua população e pelo planejamento dos investimentos públicos e privados, realizados nesse período pesquisado, bem como pela introdução de novas políticas públicas e pelo aperfeiçoamento daquilo já existente.
Devemos acompanhar de perto a evolução dos índices sociais, econômicos e ambientais de Piracicaba, evitando eventuais retrocessos e cobrança avanços e aprimoramento, de tal forma chegarmos em 2030 numa situação ainda melhor que a de 2020. Piracicaba e as novas gerações agradecem!
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Barjas Negri, prefeito de Piracicaba por três gestões