Caldeirão Político

CHÁCARA GATTI

Há mais de 57 anos, aos sábados, reúnem-se “os amigos da Chácara Gatti”. A foto foi tirada dia 25 de novembro, com 41 amigos marcando mais um encontro que, para o ex-vereador e assessor parlamentar Antonio Oswaldo Storel — que foi presidente da Câmara Municipal — é um momento de descontração e ao mesmo tempo de reflexão sobre o tempo. Ótimo.

 

LEGENDA — I

O que mais poderá decepcionar certos (ou inúmeros) pré-candidatos a vereador, nas eleições do ano que vem, prende-se à possibilidade de legenda. Se quer ser candidato, tem que ter legenda. E como poderá sair, no caso de Piracicaba, apenas um a mais do que o número de cadeiras — no caso local, são 23 + 01 = 24 —, as legendas terão dificuldade para abrigar tanta gente.

 

LEGENDA — II

Em palavras bem simples, resta uma pergunta aos líderes partidários: como abrigar tantos candidatos e garantir tantas promessas? Por exemplo, um famoso apresentador de televisão na cidade, sem citar nome, acha que terá mais de dois mil votos, o que seria um ótimo resultado eleitoral. Só que o partido dele calcula-lhe uma bagagem de apenas 400 sufrágios. Isso quer dizer que será alimentado até abril do ano que vem, quando não poderá trocar mais de legenda.

 

LEGENDA — III

Em termos de números, ficará mais sossegado nessa pré-campanha o candidato que tiver maior número de partidos, separadamente. Poderão abrir, no caso de Piracicaba, 24 pré-candidatos, dando-lhes legenda para a disputa. Se vai ganhar ou não, é outra área de análise. Importante é que todos querem ser candidatos e, na cabeça de cada um, já estão eleitos. Um antigo professor da Unimep faz as contas de que, desta vez, chegará a mais de dois mil votos. Na  outra, não passou de 400.

 

LEGENDA — IV

Com isso tudo, sem citar nomes, as conversas caminham de bar em bar, de padaria em padaria, de escritório em escritório, e só são colocadas expectativas para cada um. Os pre-candidatos a prefeito e seus possíveis vices mostram as nuvens, ora de um lado de um jeito, ora de outro lado de outro jeito. O problema de acreditar ou não fica para o pré-candidato que, sonhando com uma cadeira no Legislativo, quer ser candidato e nada passará de um “cabo eleitoral”. Os experientes sabem disso. Os neófitos, nem imaginam.

 

LEGENDA — V

As contas que um faz levam aos sonhos e mais sonhos. Quem sabe do que é real — anotem aí — são os pré-candidatos a prefeito, que colocam na área de disputa até os pré a vice. Normal e isso tudo não é pecado, é o jogo político já histórico, que vem de dezenas de anos e já foi diferente apenas pela forma, mas o sentido é o mesmo: as candidaturas são sonhadas e os seus sonhadores as carregam como um fardo leve. Só saberão do peso exato em frente ao Cartório Eleitoral em que o magistrado anuncia os resultados.

 

LEGENDA — VI

Nessa caminhada, nem todos os pré-candidatos a vereador são sonhadores com as eleições, cujo garimpo nos votos é como nos rios pelo ouro.Há, em todos os partidos, os que se destacam, que ficam na ponta, que terão mais votos e contarão, para chegar à cadeira legislativa, com os que tiveram poucos sufrágios. Para descobrir esses destacados, só quem vive o dia a dia da política é que pode ajudar a definir. Destacados mesmo, então, será os 23 que serão diplomados pela Justiça Eleitoral.

 

NA FLIPIRA

A Feira Literária de Piracicaba (Flipira) foi sucesso, com frequência de mais de cinco mil passando pelo Engenho Central, no fim de semana passado. A poetisa Rosani Abou Adal, editora do jornal Linguagem Viva — tabloide mensal de circulação nacional e é encartado em edição de A Tribuna Piracicabana —, autografou seu livro “Sonho Ilusório” (imagens da cidade de dos retalhos). Na foto, Rosani (ao centro), Evaldo Vicente, diretor de A Tribuna, e Célia Nogueira, na Flipira, domingo (26).

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