A oficina de confecção de agbê, que começa hoje (7) e segue até quinta-feira (9), no Centro Social do bairro Novo Horizonte e que será ministrada por Sandra Lemos, é o evento que abre a Semana do Baque Virado, o qual contempla cinco encontros sobre a cultura do maracatu no contexto do Mês da Consciência Negra. Também estão previstas ações de bate-papo, vivências de dança e percussão.
O objetivo da semana é partilhar saberes, divulgar e valorizar essa cultura de matriz negra, que se desenvolve como uma prática de resistência diaspórica, originária da região metropolitana do Recife, mas que, nas últimas décadas, tem se difundido para mundo como uma identidade nacional de fortalecimento das tradições brasileiras.
Em Piracicaba, o Maracatu de Baque Virado se inicia com a fundação do Bloco da Ema (2006) e do grupo Porto Maracatu (2007), por Tony Azevedo, e se consolida também como uma manifestação cultural afro-caipira por meio do trabalho do grupo Baque Caipira (2013), fundado pelo músico Maicon Araki e coordenado por Natalia Puke.
A partir de 2015, foram diversos encontros de baque virado em Piracicaba, reunindo mestres da tradição e grupos percussivos da região sudeste. Por esse motivo, Piracicaba é reconhecida com um dos principais redutos dessa expressão cultural no interior do estado de São Paulo. Com o apoio do Sesc Piracicaba e parceria com Centro Social do Novo Horizonte, a Semana do Baque Virado promoverá uma programação intensa e formativa.
PROGRAMAÇÃO – As atividades da Semana do Baque Virado seguem nesta sexta-feira (10), com a Dança do Baque Virado, com Mestre Maurício, da Nação Estrela Brilhante, do Recife, a partir das 19h30, na Sala de Expressão Corporal do Sesc Piracicaba. No sábado (11), acontece a Percussão de Baque Virado, com Maicon Araki, do Baque Caipira, a partir das 10h, no Centro Social do bairro Novo Horizonte. No mesmo dia, mas às 14h30, o Sesc Piracicaba recebe a Percussão de Baque Virado com Tony Azevedo, do Bloco da Ema.