A situação precária do asfalto no residencial Alto da Boa Vista – demanda de anos da população daquela região – voltou a ser tema de discussão na Câmara Municipal de Piracicaba. Na noite desta segunda-feira (2), durante a 55ª Reunião Ordinária, o vereador Gustavo Pompeo (Avante) apresentou o requerimento 880/2023, onde cobra o prazo para elaboração de processo licitatório para a recuperação da malha viária do bairro.
“Ou eu não sei escrever em português, ou quem respondeu o meu último requerimento não sabe escrever português”, disse o parlamentar, autor da propositura. O questionamento é por conta de que, segundo o vereador, o problema no Alto da Boa Vista já foi cobrado em outra oportunidade, “mas agora eu fiquei confuso”, disse.
Gustavo Pompeo salienta que “tinha a informação” de que a Prefeitura havia cobrado na Justiça a empresa responsável pela obra, mas que, agora, com novas respostas do Executivo ficou sabendo que “o problema ainda está em fase de instrução de prova”, ou seja, acrescentou, “a ação contra a empresa não foi ajuizada”, reclamou.
Durante a reunião ordinária, o vereador exibiu slides com imagens do local. “É uma pista simples, que vai e vem, mas a situação do asfalto torna a região totalmente intransitável”, disse Gustavo Pompeo. “O motorista do ônibus chegou a receber a orientação para entrar na contramão para evitar passar no buraco”, acrescentou o parlamentar.
Para ele, o problema é que situação precária do asfalto se arrasta “há anos”, informou, e que, enquanto isso, os moradores sofrem com vias intransitáveis. “Não dá para passar ônibus, carro, nem a pé, de tão ruim que é o estado do local”, acrescentou.
O vereador Paulo Campos (Podemos) lembrou que o problema já foi discutido em outras reuniões. “Quando o asfalto foi feito, houve uma discussão em torno da manutenção. Agora, compete à Prefeitura, porque já prescreveu o prazo da empresa”, disse.
O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) criticou o poder público. “Neste período de asfalto precário, a Prefeitura continua a arrecadar o IPTU”, disse.
Já o vereador Josef Borges (Solidariedade) informou que a Prefeitura irá licitar a obra, fazer o serviço e depois vai entregar a conta para a empresa. “É isso o que será feito, porque foi uma obra privada mal feita e que não foi fiscalizada”, disse.
Na mesma linha, o vereador Valdir Vieira Marques (Cidadania), o Paraná, lembrou que o serviço será realizado pela Prefeitura. “Depois, deve cobrar da empresa”, finalizou.