Mercado – Diálogo e empatia são chaves para ingresso e adaptações

Roda foi resultado de parceria entre Escola do Legislativo, Condef e Senac

 

Psicóloga Gabriella Gimenez falou sobre as barreiras atitudinais no mercado de trabalho

 

 

A Escola do Legislativo promoveu, nesta segunda-feira (4), uma roda de conversa com o tema “Mercado de Trabalho – Barreiras Atitudinais: Ingresso e Adaptações”, voltada para pessoas com deficiência e empregadores. As barreiras atitudinais são atitudes ou comportamentos que impedem ou prejudicam a participação social da pessoa com deficiência. A psicóloga com especialização na área de negócios e gestão, Gabriella Gimenez, com mais de 30 anos de experiência em gestão de pessoas, demonstrou que o diálogo e a empatia são as melhores formas de promover o ingresso e as adaptações para garantir a diversidade entre os profissionais no mercado de trabalho.

O evento, realizado presencialmente na sede da escola, no andar térreo do prédio anexo da Câmara Municipal de Piracicaba, foi uma parceria entre a Escola do Legislativo, Condef (Conselho Municipal de Proteção, Direitos e Desenvolvimento da Pessoa com Deficiência) e Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). A roda de conversa foi aberta pelo diretor da Escola do Legislativo, vereador Pedro Kawai (PSDB). “A escola promove a discussão sobre as políticas públicas e a participação popular e o crescimento da escola se deve a parcerias como essas”, salientou. A especialista em Marketing, com MBA em gestão de negócios, Manuella Roeda, foi a mediadora do tema. Ela tem visão monocular e trabalha em uma vaga reservada para pessoa com deficiência.

A psicóloga Gabriella Gimenez destacou que as barreiras atitudinais podem existir independentemente de qual minoria a que o profissional pertence, como uma pessoa com deficiência, uma pessoa negra, uma pessoa idosa, entre outras. “Somos uma composição de minorias”, lembrou. “As barreiras são as mais básicas e contribuem para a criação de outras barreiras”. Ela colocou que, muitas vezes, os profissionais são levados a acreditar que as barreiras para o ingresso das minorias no mercado de trabalho são impostas pelas empresas, mas, em geral, elas são criadas pelas pessoas que estão dentro das empresas. “Para a empresa, a questão é encontrar um profissional que tenha condições de entregar o trabalho que ela precisa. Se for o melhor profissional, a empresa vai se adaptar às necessidades especiais que ele apresente para desempenhar o trabalho”, afirmou.

Diálogo – Para a psicóloga, para eliminar essas barreiras, é importante cuidar das pessoas, como trabalhar a habilidade de gestores e líderes para saberem lidar com as diferenças. Ela defendeu que uma das formas de promover isso é estimular o diálogo. “A gente não pode achar que sabe a dificuldade dos outros. O que tem serventia é ouvir o outro do lugar dele e não do nosso lugar”, afirmou. Por outro lado, ela disse que é necessário também estimular as pessoas a falarem como se sentem para que os outros possam aprender.

Para a palestrante, o capacitismo é um posicionamento comum no mercado de trabalho e, para os profissionais, ela indica que não se deixem limitar ao que é imposto pelo meio externo, mas que tomem como propósito as habilidades que possuem. Ela acredita que todas as pessoas devem contribuir para um ambiente de desenvolvimento, capaz de fazer com que todas as pessoas possam desempenhar seus papeis de maneira plena. “Tudo o que fazemos tem que ter algum benefício para os outros para ter sentido”, colocou.

A psicóloga ainda apresentou as 15 competências para o futuro, definidas no Fórum Econômico Mundial, como as capacidades para solução de problemas, pensamento crítico e criatividade, entre outras. Ela lembrou que poucas dessas competências que o mercado vai exigir são de ordem técnica, mas a maioria comportamental. Ela destacou alguns itens que devem ser observados para estar preparado para o futuro: estabelecer um propósito de vida, autoconhecimento, buscar qualificação e aproveitar as tecnologias para se qualificar.

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