Câmara vota audiência para apurar caso de menina morta por escorpião

Requerimento que pede audiência para debater atendimento a menina vítima de picada de escorpião será votado nesta segunda-feira (21)

 

A Câmara Municipal de Piracicaba deve apreciar na 44ª Reunião Ordinária de 2023, na segunda-feira (21), requerimento que solicita audiência pública, no dia 5 de setembro, para “discussão e esclarecimentos a respeito de prestação de atendimento médico no último dia 11/08/2023 (sexta-feira) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Cristina a criança envenenada por animal peçonhento”.

AUTOR — De autoria de Pedro Kawai (PSDB), o requerimento 716/2023 lembra da morte da menina Jamily Vitória Duarte, de 5 anos, no último 12, e traz que “ao que foi noticiado, uma possível causa da morte da criança se deu por conta da demora no atendimento e na aplicação de soro antiescorpiônico na jovem que, certamente, neutralizaria o veneno do animal peçonhento na circulação sanguínea”. Segundo notícias veiculadas na imprensa local, a criança foi inicialmente atendida na UPA e, depois, transferida para a Santa Casa, onde veio a falecer. A propositura menciona que “se faz necessário o esclarecimento de todos os envolvidos, principalmente para averiguar se houve erro no atendimento e procedimento médico” e defende que “a audiência pública servirá para entender e ser esclarecido sobre todos os procedimentos e fases de atendimento que foram adotados no caso da jovem Jamily que, infelizmente, veio a óbito”.

CONVOCAÇÃO — Caso o requerimento seja aprovado, serão convocados o secretário municipal de Saúde, Douglas Yugi Koga, a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses de Piracicaba, Eliane Carvalho, o representante legal do Hospital Mahatma Gandhi, Luciano Lopes Pastor, a coordenadora de contrato do Hospital Mahatma Gandhi, Rafaella Giraldi e o responsável pelo plantão da UPA da Vila Cristina no último dia 11. A propositura também convida para a audiência pública, com início previsto para as 19 horas, no Plenário “Francisco Antonio Coelho”, o prefeito Luciano Santos Tavares de Almeida, representante do Ministério Público do Estado de São Paulo, representante da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde e demais autoridades e interessados.

Também sobre o assunto, o requerimento 712/2023, de Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, busca informações sobre a disponibilidade de soro antiescorpiônico na UPA e sobre os procedimentos adotados quando da entrada, classificação de risco, atendimento e transferência da menina à Santa Casa.  “É correto afirmar que a UPA Vila Cristina é referência para atendimento de picada de escorpião? Se sim, por que não foi aplicado [o soro], sabendo da gravidade da situação?”, questiona a propositura.

DOSES — O parlamentar ainda pergunta quantas doses de soro antiescorpiônico são distribuídas mensalmente naquela unidade de saúde e quantos casos de picadas de escorpião são por ela recebidos. Cássio Luiz também pede o encaminhamento de relatórios de atendimento e, por fim, pergunta: “quanto tempo o transporte do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) demorou no trajeto da UPA Vila Cristina até a Santa Casa?”.

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