Sesc – Agosto Indígena faz imersão nos saberes dos povos originários

Oderiê, artista multimídia da etnia Charrúa. CRÉDITO: Divulgação

 

Com o tema Brasil Terra Indígena, projeto em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas reúne cerca de 150 atividades na capital, interior e litoral do Estado

 

 

Com ações em 35 unidades do Sesc São Paulo e identidade visual criada pelo artista Denilson Baniwa e o Coletivo SP Terra Indígena, o Agosto Indígena convida a todos para um exercício coletivo de valorização da diversidade dos povos originários no Brasil por meio de apresentações, oficinas, exibição de filmes, feira literária, vivências coletivas, contação de histórias e cursos.

Celebrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir de 9 de agosto de 1995, o Dia Internacional dos Povos Indígenas resultou de esforços de representantes de diversos países. Em 2021, o Estado de São Paulo estabeleceu o Agosto Indígena por meio da Lei 17.311, de autoria da deputada estadual Monica da Mandata Ativista. Integrante do coletivo, a pedagoga e codeputada Chirley Pankará foi decisiva para a proposição da lei.

Em Piracicaba, acontece amanhã, 16, a partir das 18h30, a roda de conversa “A diversidade sociocultural dos povos indígenas no Brasil: o que a escola tem a ver com isso?”, onde o escritor, ativista, ambientalista, historiador, doutor em educação e curador de arte indígena Edson Kayapó discute as possibilidades e os desafios na abordagem da temática indígena na formação de professores, ao considerar as possibilidades de inovação no estudo da história e cultura indígena nas escolas brasileiras, buscando romper com o silenciamento e os preconceitos produzidos pelo Estado, pela sociedade e pela escola ao longo do tempo. O evento, gratuito, será na comedoria.

No próximo dia 27, das 10h às 11h30, acontece o passeio “Re-conhecendo Piracicaba: Pirassicava – Rota Indígena”, em que será evidenciado o fato de que entre 1500 e 4000 mil anos atrás Piracicaba foi um lugar de grande encontro de povos indígenas. Uma presença que deixou marcas arqueológicas e culturais percebidas até hoje. Conheça os vestígios dessa presença, que vai muito além do nome da cidade. A proposta é caminhar, refletir e revisitar territórios indígenas históricos da cidade. Com saída do estacionamento do Sesc. O evento é gratuito.

No mesmo dia 27, às 15h30, acontece o show de Oderiê, artista multimídia da etnia Charrúa, não -binário, que funde sua música futurista e indígena contemporânea às interpretações sensíveis e ancestralidades afro-brasileiras. Um encontro sonoro e de oralidades contra hegemônicas dos territórios que quiseram apagar pessoas não-brancas, que acalanta, informa, e resiste, no presente, ao projeto colonial da branquitude “brasileira”. Será gratuito no Parque Lúdico.

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