Luiz Marinho, que vem a convite da deputada estadual Bebel, passará a sexta-feira com agendas, entre sindicalistas, empresários e lideranças sociais e políticas
A convite da segunda presidenta da Apeoesp, deputada estadual Professora Bebel (PT), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, estará em Piracicaba na sexta (04), e passará o dia na cidade em agenda que terá visita a indústria, encontro com empresários, sindicalistas e lideranças sociais e políticas. A vinda do ministro foi articulada pela deputada Professora Bebel em meados do primeiro semestre, durante encontro que teve com Luiz Marinho em Brasília. “Será uma grande honra receber o ministro em Piracicaba, para debatermos a atual conjuntura política e econômica, e as novas ações que estão sendo programadas pelo Ministério do Trabalho para serem colocadas em práticas ao longo do governo do presidente Lula”, destaca Bebel.
Deputado federal licenciado, o ministro Luiz Marinho já foi prefeito de São Bernardo do Campo, presidente da CUT, presidente estadual do PT e ministro do Trabalho e da Previdência Social no primeiro governo do presidente Lula. Ao assumir novamente o Ministério do Trabalho, Luiz Marinho tem a missão de reorganizar a pasta que chegou a ser extinta no governo anterior, e para isso tem percorrido diversas regiões do país dialogado com os diversos setores da sociedade, o que estará fazendo nesta visita a Piracicaba.
AGENDA — Na agenda do ministro do Trabalho está marcado para as 8 horas visita à THN Brasil, localizada na região do Capim Fino, enquanto que às 10 horas será recebido na Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), pela diretoria da entidade. Para as 11 horas está marcada a participação na inauguração da Tools Digital Services, na avenida Limeira, 222, enquanto que às 12h30 concederá entrevista coletiva à imprensa, no Restaurante Pintado na Brasa, na rua Bom Jesus, 3601. O encontro com o movimento sindical de Piracicaba e região acontece ás 15 horas, no auditório da Receita Federal, localizado na avenida Independência, 3601. Já o encontro com empresários acontece no Simpespi, na rua Samuel Neves, 1601, às 17 horas, enquanto que com educadores, às 18 horas, na subsede da Apeoesp, na rua Alferes José Caetano, 968. A última atividade, marcada para as 19 horas, é com lideranças políticas e religiosas, movimentos sociais, juventude e cultural, no Teatro São José.
Educação – Bebel diz que é inaceitável governo de São Paulo recusar livros didáticos
Para a segunda presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino no Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT) “é inaceitável a decisão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo de abrir mão do material didático do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e também a decisão de utilizar a partir de 2024 apenas material didático digital produzido pela própria Secretaria Estadual da Educação. Conforme o divulgado, para os anos iniciais, haverá material digital próprio com suporte físico, enquanto que para os anos finais, entre o 6º e 9º ano do ensino fundamental e ensino médio, será material 100% digital.
A segunda presidenta da Apeoesp diz que a alegação da Secretaria Estadual da Educação de “coerência pedagógica” “é a imposição do pensamento único a professores e estudantes da rede estadual de ensino, contrariando, mais uma vez, a liberdade de cátedra e o princípio da liberdade de ensinar e aprender garantido pela Constituição Federal. Como falar em regime do colaboração entre União, estados e municípios se o governo bolsonarista de São Paulo coloca razões ideológicas acima do interesse público e dos direitos educacionais de crianças e jovens. Este governo mostra-se impregnado da mesma aversão pelos livros do governo bolsonarista derrotado nas eleições de 2022 e abre mão de uma verba federal de cerca de R$ 120 milhões, prejudicando 1,4 milhão de estudantes que não poderão mais manusear livros com diversidade pedagógica, ficando limitados ao meio digital (ao qual nem todos têm fácil acesso) e uma única linha pedagógica”, critica.
A deputada Professora Bebel destaca que o mesmo tempo em recusa verbas federais, o governo de Tarcísio de Freitas quer cortar R$ 9 bilhões da Educação pública estadual, reduzindo de 30% para 25% as verbas orçamentárias para o setor, a pretexto de transferir esse montante para a área da Saúde. “Isso para não falarmos no fato de que o atual secretário estadual da Educação, Renato Feder, é ligado a empresa de tecnologia digital e, desta forma, se dá o direito de impor a milhões de estudantes e professores sua visão de mundo no que se refere ao acesso ao conhecimento. “Obviamente, como parlamentar e também segunda presidenta da Apeoesp, não ficarei inerte diante desse absurdo e farei os devidos questionamentos, por todas as vias possíveis, pois a educação pública no estado de São Paulo não pode ser prejudicada por uma decisão irresponsável”, escreveu a deputada Professora Bebel em suas redes sociais.