O uso das palavras ou abuso?

Eleni Cunha Caldeira

 

Nesse mundo louco e totalmente desprovido de princípios, valores e respeito mútuo, nos deparamos muitas vezes com o ser humano (no sentido claro e objetivo) de uma ignorância intelectual e sem “papas na língua”, popularmente falando.

Partindo desse princípio, podemos realmente distribuir troféus de bronze para a maioria daqueles que, se sábios, principalmente por fazerem uso das palavras (prata) mas de um modo grotesco, indevido e maldoso, o qual na realidade não mereceria nem o bronze, talvez o latão.

Nos deparamos no dia a dia com pessoas que se dizem e muitos de uma certa forma o são autoridades, políticos (na realidade politiqueiros), gestores públicos, entre outros, que não possuem o discernimento e, muitas vezes, levados pelo “calor do momento” chegam de uma forma grotesca a agredir moralmente aqueles de sua convivência tanto familiar como profissional.

Pensar, refletir, analisar não faz parte de pessoas descontroladas emocionalmente, e muito menos de pessoas sensatas e humanas.

Agredir verbalmente, julgar sem o direito de o fazer, é comum entre pessoas egocêntricas, totalmente egoístas e porque não dizer problemáticas.

Observando nosso cenário político atual, fica evidente quantas palavras são proferidas que destilam ódio e nem por um minuto vão em busca de soluções.

Na realidade, as palavras rudes e humilhantes proferidas a alguém sejam o reflexo de suas próprias atitudes e são medidas pela mesma régua de quem as usa.

Não sei ao certo se esses seres humanos que possuem um invólucro bonito, assim como um presente de luxo , uma dia conseguirão tirar suas próprias máscaras e admitirem que durante toda sua vida, talvez não consigam nenhum troféu com que possam se orgulhar, e sim um memorial de derrotas para se envergonhar, onde na sua velhice servirá como mural para apoiar-se e derramar suas lágrimas geradas pelo arrependimento de todas as marcas que deixaram em cada um q passou pela sua vida.

Ah… e não se esqueçam jamais: a palavra é prata e o silêncio é ouro, e somente os sábios conseguem entender o quão é gratificante e nobre silenciar na hora certa e descobrir nesse silêncio a grandiosidade da sua alma e a importância em estender as mãos e não apontar o dedo!

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Eleni Cunha Caldeira, funcionária pública municipal

 

 

 

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