Prefeitura notifica CPFL por falha que causou falta de água na cidade

Informações sobre as causas da falta de água foram esclarecidas em coletiva de imprensa realizada ontem, 11, por representantes do Semae

A Prefeitura de Piracicaba notificou extrajudicialmente a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) por falha no fornecimento de energia elétrica, que causou a paralisação da captação e do tratamento de água na ETA Capim Fino, que é responsável pela produção de água de 80% do município. A interrupção de energia teve início às 17h de quarta-feira, 10, e a situação só foi normalizada, totalmente, às 7h45 de ontem, 11, quando a ETA voltou a operar, com a retomada da produção de água. A notificação questiona a CPFL sobre os motivos da falha e solicita que a empresa apresente um plano preventivo.

As informações sobre as causas da falta de água foram esclarecidas em coletiva de imprensa realizada ontem, 11, pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae).

Participaram da coletiva Artur Costa Santos, presidente da autarquia; João Vitor Roesner, superintendente operacional; Denival José Santim, chefe de divisão de manutenção e instalação eletromecânica; e Pedro Alberto Caes, diretor do Departamento de Operação e Manutenção.

De acordo com o presidente, em cinco meses, está já é a segunda ocorrência que afeta o abastecimento na cidade em grande proporção. “Estamos fazendo um levantamento detalhado de todos os fatos que ocorreram, que será levado à Companhia”, disse.

As equipes do Semae atuaram durante toda a madrugada para tentar resolver o problema da falta de energia e retomar o funcionamento da produção de água. O processo de fornecimento de água passa pela sequência de captação, produção, envio para a rede e abastecimento dos reservatórios. Após esse processo é que a água chega ao consumidor final.

“A CPFL tem o hábito de fazer ligações de energia que não comportam o retorno da operação dos equipamentos, que são de alta capacidade. Portanto, o processo reinicia e volta à estaca zero”, acrescentou Santos. As ligações de energia elétrica são realizadas gradativamente, o que é insuficiente para o funcionamento correto do maquinário de captação e produção de água.

A demora no reabastecimento é decorrente de todo o caminho que a água percorre, somado ao tempo que bombas e motores levam para reiniciar seus sistemas. “Para a distribuição ser efetiva, desde a retomada do sistema até o abastecimento dos reservatório, pode levar até 12 horas”, explica João Vitor Roesner.

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