Coração na aldeia, pés no mundo inspira-se na obra homônima da intelectual contemporânea e escritora indígena Auritha Tabajara, filha do povo Tabajara, da região do Estado do Ceará. A exposição convida o público a pensar a terra como lugar primordial para as civilizações indígenas, bem como nas formas de resistência diante da expulsão dos territórios, a partir da migração, da expropriação do garimpo e da instalação de uma cultura agroexcludente, que culmina no genocídio dos povos indígenas.
Liberada para visitação desde novembro de 2022, a mostra recebe diversos visitantes, escolas, oficinas e palestras trazendo à tona temas urgentes como a preservação de territórios indígenas, subsistência extraída da terra, valorização da cultura ancestral por meio de ritos, costumes, alimentação, religião, organização política e social, são especialmente sensíveis aos povos originários em nosso país. Garantir a sobrevivência desses povos e de seus modos de vida passa a ser obrigação de todos que têm a diversidade como valor.
Neste contexto, destaque especial é dado às mulheres indígenas, cuja participação tem sido fundamental na proteção de seus povos, fortalecendo conhecimentos e garantindo a transmissão de saberes às novas gerações.
São mais de 100 obras de arte contemporânea, abrangendo fotos, vídeos e instalações de artistas indígenas em associação a produções de artistas não indígenas, que trazem à tona reflexões sobre a terra, vida, justiça, apagamento étnico e genocídio.
O espaço expositivo está dividido em 3 Núcleos: Território Corpo – Sangue, Território Corpo – Vida, Território Vida – Resistência. A visitação pode ser feita gratuitamente até o dia 30 de abril de 2023.
O catálogo digital da exposição está disponível pelo link https://www.sescsp.org.br/wp-content/uploads/2023/02/coracao_2-catalogo-10_digital.pdf.
Para aqueles que não puderem comparecer pessoalmente, há também a opção de realizar uma visita virtual pela exposição através do link https://coracaonaaldeia360.sescsp.org.br/