Segurança – Guarda Civil intensifica ronda em escolas

Pais e filhos leem orientações afixadas no alambrado de escola

 A Prefeitura, por meio da Guarda Civil, intensificou as rondas em escolas do município, tanto as que pertencem à Rede Municipal de Educação – que são 124 unidades – quanto as estaduais e particulares. Além das viaturas do Pelotão Escolar, as viaturas de área e outros grupamentos estão todos empenhados no patrulhamento das unidades. A Guarda Civil e a Polícia Militar trabalham em parceria para garantir a segurança das escolas.

As viaturas da Guarda Civil percorrem o entorno das unidades nos horários de entrada e saída de alunos, considerados horários de pico, mas também percorrem as proximidades das unidades nos outros horários.

Segundo o comandante da Guarda Civil, Sidney Miguel da Silva Nunes, este destacamento das equipes das viaturas para o patrulhamento intensivo das escolas é necessário. “Este reforço no patrulhamento tem o intuito de ampliar a segurança das unidades e de acalmar os pais, aflitos com o bombardeio de notícias sobre ataques. É importante dizer que a disseminação de vídeos desta natureza amplia a sensação de pânico e alimenta uma paranoia que não é saudável. Por isso as pessoas devem evitar esta disseminação e, no caso de risco efetivo, acionar a GCM por meio do 153”, ressaltou Nunes.

A tenente-coronel Silvia Mantoani, que comanda o 10º BPMI, informou que a Polícia Militar recebeu denúncias sobre ataques, todas foram checadas e nenhuma foi confirmada. A Polícia Civil trabalha nas investigações. Ainda segundo ela, a PM intensificou as rondas no entorno das unidades escolares, assim como tem visitado as escolas e orientado os diretores a respeito das medidas preventivas. “A disseminação de mensagens como essas (de ataques falsos) acaba por gerar pânico e pode encorajar algumas pessoas que tenham a intenção de fazer algo. Essas mensagens não devem ser disseminadas. Elas devem ser enviadas à polícia para investigação, mas, de forma alguma, disseminadas, enviadas a grupos, o que gera mais pânico”, ressalta.

Ainda segundo a tenente-coronel Silvia, não há, neste momento, porque não levar os filhos para a escola. “Obviamente que os cuidados, pelo período que estamos passando, devem ser constantes. Os pais também devem ter outro comportamento, como buscar o aluno na porta da escola, não levá-lo em horários diferentes da entrada e da saída, para que o portão permaneça fechado a maior parte do tempo. Essas são algumas das nossas recomendações”, explicou.

MOBILIZAÇÃO – A intensificação do patrulhamento vai ao encontro do estabelecido entre a Secretaria Municipal de Educação e as Forças de Segurança Pública durante reuniões – iniciadas ainda em março -, intensificadas na semana passada, quando houve um recrudescimento de ataques e ameaças na cidade e no país, além da disseminação de vídeos pelos aplicativos de mensagem e redes sociais.

Ainda na semana passada, a Secretaria Municipal de Educação elaborou documento com orientações para as escolas da Rede para ampliar a segurança e evitar ataques, e também instruções sobre como agir no caso da concretização dos ataques. Além disso, a SME elabora campanha com foco na divulgação de cartilhas com orientações de segurança, bem como sobre o uso da comunicação não violenta nos ambientes das escolas a fim de prevenir, principalmente, a ocorrência do bullying.

Entre as regras que devem ser seguidas para evitar e inibir possíveis atos de violência contra equipes, comunidade e alunos das escolas municipais de Piracicaba estão a limitação da circulação de pessoas e controle de acesso às unidades, permissão da entrada de somente um responsável por criança durante os horários de entrada e saída de alunos. Além disso, as unidades estão produzindo crachás de identificação de visitantes para serem entregues para cada pessoa que tiver o acesso concedido ao interior da escola, sejam eles fornecedores, estagiários, prestadores de serviços e servidores dos setores ligados à SME.

Outras medidas são a obrigatoriedade dos portões de acesso às escolas se manterem fechados, a disponibilidade das chaves das portas de salas de aula e outros espaços, em local de fácil acesso de adultos que, em situação de emergência, possam utilizá-las rapidamente.

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