Rural – Sema discute programas ambientais com produtores

Reunião aconteceu no Sítio Bonanza, no Monte Branco. Crédito: Thais Passos-Sema

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Sema (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento), participou de um encontro na noite de ontem, segunda (10), com produtores rurais dos bairros Monte Branco, Serrote e Floresta. O objetivo da reunião, ocorrida no Sítio Bonanza, no bairro Monte Branco, foi apresentar aos produtores da região os programas municipais e estaduais disponíveis para a proteção do meio ambiente na zona rural.

A iniciativa do encontro foi da Sema, em parceria com a Fundação Florestal, a Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada), a cooperativa de produtores de milho Copimays e o Geolab (Laboratório de Planejamento de Uso do Solo e Conservação), da Esalq/USP.

A engenheira agrônoma Evelise Moda apresentou o programa PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), coordenado pela Sema desde 2018, que paga produtores rurais que fazem a preservação e conservação de rios, matas e nascentes. “O PSA é um reconhecimento da Prefeitura para os produtores que fazem seu papel na preservação dos recursos naturais”, explica Evelise.

As inscrições para o PSA de 2023 estão abertas até o dia 28 de abril e podem se inscrever propriedades localizadas na região das microbacias do ribeirão dos Marins, Congonhal, Tamandupá e Paredão Vermelho.

A secretária Nancy Thame informou que outro programa está sendo construído pela Sema, que abre possibilidade de buscar recursos para ações de proteção ambiental em propriedades que estão fora das microbacias abrangidas pelo PSA. “Piracicaba tem uma extensa região rural e sabemos que há muitas áreas que precisam de recomposição. Temos recebido essa demanda de produtores e é importante trazer mais pessoas para fortalecer o rural como um todo”, explica Nancy.

Antônio Álvaro Buso Júnior, representante da Fundação Florestal, falou sobre o programa Nascentes, que busca incentivar a restauração de propriedades agrícolas, sobretudo em APPs (Área de Preservação Permanente). Todo o processo é realizado por uma empresa contratada, sem custos ao produtor. “Já temos na região algumas propriedades que participam do projeto e seria interessante que mais pessoas se interessassem em aderir a este programa”, disse.

Maurício Perissinotto, diretor-técnico da Cati Regional de Piracicaba, apresentou os programas estaduais Águas Rurais e Berços d’Água, oferecidos pelo Governo do Estado de São Paulo, que visam a recomposição da vegetação, análise de potabilidade da água, conservação do solo, entre outros.

A pesquisadora do Geolab (Laboratório de Planejamento de Uso do Solo e Conservação da Esalq), Zenilda Ledo, explicou sobre o trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa, que fez um mapeamento das propriedades de Piracicaba que precisam de restauração de acordo com as regras do novo Código Florestal. O grupo tem parceria com instituições como o Imaflora e o S.O.S. Mata Atlântica, que buscam propriedades que estejam aptas para restauração florestal em Piracicaba.

O presidente da cooperativa Copymais, o produtor Noedir Granja, ajudou a organizar a reunião e disse que tem interesse em inscrever sua propriedade no bairro Monte Branco no programa PSA deste ano. “Foi uma ótima reunião para tirarmos dúvidas e esclarecimentos sobre os programas de preservação das nascentes”, disse.

O agricultor familiar Vlamir José Domingues, morador do bairro Floresta, disse que a reunião foi muito construtiva e que tem interesse em participar dos programas oferecidos. “Tudo que é voltado para o meio ambiente nós temos que apoiar e não só pensar na gente, mas também nas futuras gerações. Na minha propriedade temos uma boa área de mata nativa que está sendo cuidada desde a época do meu avô e estamos seguindo com essa linha de preservação”, conta Vlamir.

 

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