INCERTO
Estão fortes os rumores em torno de pedido de impeachment do prefeito Luciano Almeida (sem partido) na Câmara. Nos bastidores, há uma avaliação de que a má gestão do chefe do Executivo, que seria de uma maioria da população, também é maioria entre os vereadores. Mas nada oficial. O tema deve retornar com força assim que o presidente da Casa, vereador Wagner de Oliveira (Cidadania), o Wagnão, retornar aos trabalhos, após reestabelecer a sua saúde – o que, aliás, o Capiau deseja ao parlamentar e todos, sempre.
GUSTAVO – I
Na Reunião Ordinária de quinta-feira (23), o vereador Gustavo Pompeo (Avante) fez desabafo sobre ameaça que recebeu através de WhatsApp, tentando impor-lhe medo e afirmou, com demonstração em vídeo, que teve o carro apedrejado. O texto de ameaça diz o seguinte: “Pompeo, se você continuar a sua hora vai chegar. Está divertido brincar de briga com a Prefeitura, né? Chega, não vai te levar a nada, não tem ninguém por você, vamos acabar com sua vida fácil. Ainda há tempo para você pensar, ou você se junta ou poderá receber visitas na sua casa e no seu trabalho, vai que nessas visitas seja encontrado droga? Pense que você tem futuro mas está agindo contra nós à toa, você ainda pode somar, é só querer. E cuidado com a moto pra rua, está acontecendo muitos acidentes.”
GUSTAVO – II
Para operadores do Direito, a ameaça tem conteúdo político e deve ser investigada pelas autoridades. Os órgãos federais possuem perícia e tecnologia para descobrir de onde partiu a emissão de sinal e, em sequência, responsabilizar os autores. É o que queremos: uma atitude dessa não pode prosperar sem solução. Sugere-se então à Mesa Diretora as “providências de ofício”, ou seja, encaminhar ao MPF a “Notitia criminis” para as devidas autuações por estar tipificado (em tese) o “crime político”.
GUSTAVO – III
Em razão da ocorrência deste fato, resta comentar essa situação de descalabro e agressões políticas de cidadão contra vereador e vereador contra cidadão — o que, infelizmente, vem sendo uma máxima nesses tempos. Em dois anos de mandatos, houve várias ocorrências, com agressões dos dois lados. Esse escriba, idoso e cansado, hoje Capiau “ad hoc”, deixa claro que se solidariza com o vereador Pompeo.
GUSTAVO – IV
Mas também sou crítico em afirmar que ele faz um mandato contemplando o ódio, em especial quando se refere às pessoas mais velhas. Em três oportunidades que pude acompanhar, afirmou que “canalhas não têm idade”, generalizando desta forma que as pessoas mais velhas são descartáveis e suspeitas, talvez uma vindita em consequência de sua infância e adolescência. A afirmativa ocorreu e está registrada nos arquivos da TV Câmara.
GUSTAVO – V
Outra pérola doe jovem rebelde ocorreu em 6 de março, quando o vereador Pedro Kawai (PSDB) argumentava sobre sua nova idade — comemorava 50 anos — discursou sobre “a importância do conhecimento que acumulou em sua jornada”, referindo-se à sua experiência e aprendizados; na sequência, Pompeo deferiu as seguintes palavras: “Tempo de vida não é sinônimo de honestidade”, sugerindo (hipoteticamente) que o vereador Pedro não seria uma pessoa honesta, quiçá? Pode ser eloquência juvenil ou despreparo! Lamentável.
GUSTAVO – VI
Reflexão deste Capiau: no que consistem esses fatos senão agressões e violência discursiva? Pompeo não respeita os mais velhos e acredita que sua juventude é insuperável, que sua capacidade para mudar o mundo é indiscutível, desprezando a riqueza acumulada na história pelo conhecimento da vivência humana. Que pena! Pois Gustavo Pompeo é bom, bondoso.