Alcoolismo (IV) – Sinais de Dependência do Álcool

 

 

Já falamos sobre alguns sinais de dependência, mas é necessário que a manifestação de pelo menos três dos sintomas abaixo ocorra dentro de 12 meses para se falar nela:

  • O indivíduo persiste, apesar dos danos;
  • O consumo se dá em locais não propícios, a qualquer hora, sem motivo especial, etc.;
  • Negligência progressiva de outros prazeres e interesses;
  • Reinstala-se o quadro rapidamente com o retorno de seu uso;
  • Estreita-se o repertório pessoal de consumo;
  • Há compulsão no consumo;
  • O sujeito tem consciência da dificuldade de seu controle;
  • O álcool é usado para se evitar a síndrome de abstinência;
  • Ele tem consciência da estratégia;
  • Aparecem estados fisiológicos de abstinência;
  • Efeito tolerância (mais álcool para o mesmo efeito);

O beber pode também se caracterizar como social, abusivo ou dependente, ocorrendo no último a perda da capacidade de controle sobre a bebida, incapacidade de manter o consumo planejado, excesso na frequência e quantidade de uso, além dos conhecidos problemas profissionais, familiares, sociais, etc.

Três elementos interagem favorecendo a dependência: a substância psicoativa (química), a personalidade do sujeito e o contexto em que este se encontra (de natureza sociocultural, dinâmica e polimorfa). A força da intensidade da interação entre esses três elementos (produto x indivíduo x meio) determinará a força da dependência.

 

 

“Os que amam a Natureza como ela quer ser amada, sem repúdio parcial nem exclusões injustas, não acham nela nada inferior”. (Machado de Assis)

 

Recebi um e-mail no site que sou cadastrada, e decidi conhecê-lo pessoalmente, moramos na mesma cidade. Ele é encantador e parece mesmo querer algo sério, talvez até virar casamento. Só que tenho 27 anos e ele 47, embora não aparente, pois corre diariamente e cuida da alimentação. Ele tem tudo que uma mulher precisa, é muito atencioso, bem resolvido financeiramente, beija bem, e muito mais. Mesmo assim receio que a diferença de idade pese futuramente.

 

Apesar de entender sua preocupação, quando lidamos com sentimentos essas referências sob as quais baseia sua questão caem por terra. Nada nessa esfera é assim previsível, calculável como pretende. É claro que 20 anos são para se considerar, mas não estaria se precipitando? Parece haver alguma outra coisa que lhe move para um afastamento. Quando desejamos muito alguma coisa, ao nos depararmos com a possibilidade dela acontecer é muito comum surgir medos e inseguranças.

Não podemos nos esquecer de que para exercer nosso juízo crítico estabelecemos paradigmas, muitas vezes morais, geralmente impostos pela cultura que vivemos. Assim fazendo criamos julgamentos de valor que muitas vezes fazem surgir preconceitos.

Mas e sua felicidade depende de quem? O medo é um grande inimigo do homem. Ao evitar o risco evita também as possibilidades. Os investidores no mercado de risco sabem que se o prejuízo pode ser grande é porque o lucro também pode. É o que acontece com nossos afetos.

 

 

 

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