A Secretaria de Saúde de São Pedro realizou no último dia 6, na Umis (Unidade Mista e Integrada de Saúde), um mutirão de consultas urológicas. Dos 50 pacientes agendados, 42 foram atendidos e 8 faltaram. De acordo com os médicos responsáveis pelo atendimento, Fábio José Nascimento e Matheus Prado Nascimento, as principais queixas dos pacientes estão relacionadas a infecção urinária, cálculos renais e, no caso dos homens, rastreio para câncer de próstata.
Com a realização dos mutirões, a secretaria pretende zerar a lista de espera por essa especialidade. “Somente aqui na Umis temos aproximadamente 160 pessoas aguardando por consultas urológicas. Em cada mutirão, nossa equipe liga para pelo menos 50 pessoas e deixa agendado para um único dia”, explicou a enfermeira Caroline Azevedo.
O aposentado José Carlos da Silva, que esperava há 4 meses por uma consulta, ficou contente quando recebeu a ligação sobre o mutirão. “Graças a Deus fui consultado, vou fazer alguns exames de rotina, mas está tudo bem”, disse. Com os exames nas mãos, David Geraldo Marostica também esperava pelo retorno. “Meus exames estavam prontos desde março. Eu precisava desse retorno para iniciar o tratamento”, explicou o aposentado.
Cálculos renais – Apesar de muitas pessoas acharem que são coisas diferentes, o urologista Fábio José Nascimento explicou que cálculos renais ou pedras nos rins – patologia mais comum relatada no mutirão – são formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias, que resultam no acúmulo de cristais existentes na urina. Ele disse que desde 2019, no Hospital São Lucas, muitas cirurgias já foram feitas a laser.
O procedimento disponível no hospital para pacientes do SUS, de convênio e particular é feito por endoscopia (vídeo) e a pessoa pode receber alta até 24 horas depois. “Em muitos casos, a presença de pedras nos rins pode passar despercebida até o momento que o paciente começa a sentir dores fortes que começam nas costas e se irradiam para o abdômen em direção da região inguinal. É um problema comum e com grande impacto na sociedade”, disse o urologista.
Entre as principais causas de pedra nos rins, o profissional destaca alguns fatores dietéticos e culturais, como sobrepeso, ingestão excessiva de proteína, sedentarismo e baixa ingestão de água. “Pacientes quando acometidos pelo quadro agudo, com cólica renal, podem eliminar espontaneamente. Porém, em muitos casos, é necessário o suporte urológico, como no caso de cirurgia”.
Além das evidências clínicas (dor intensa e sinais de sangue na urina), o cálculo renal pode ser diagnosticado por raios X de abdômen, ultrassom ou pela urografia excretora, um exame mais específico das vias urinárias. Outros sintomas, como vômito e febre, sangue na urina, suspensão ou diminuição do fluxo urinário, necessidade frequente de urinar e infecções urinárias também podem estar associados ao cálculo renal.
Um novo mutirão será realizado em setembro, com a presença de 3 médicos.